Três pessoas ligadas ao candidato do PDT ao governo do Estado, Alvaro Dias, foram presas na madrugada de segunda-feira, fazendo pichações na Avenida Visconde de Guarapuava, em Curitiba. O curioso é que os três, detidos por membros da Guarda Municipal, pichavam o nome do candidato adversário de Alvaro. A Câmara Municipal de Curitiba foi pichada com a frase: Vote Requião 15. A tentativa era fazer transparecer um desrespeito de Requião pela lei eleitoral.
Adriano Nabosne, 20 anos, Hélio Israel dos Santos, 34 anos e Geremias Alves da Hora, 23 anos, foram detidos e encaminhados ao 3.º Distrito Policial de Curitiba. Dentro de um veículo Gol branco utilizado pelos três, foram encontrados fogos de artifício, tintas, pincéis, sprays e adesivos dizendo: Agora é Alvaro e Lula. Posteriormente, em seus depoimentos os três confirmaram suas ligações com a coligação Vote 12.
O delegado adjunto do 3.º DP, Nasser Salmen, confirmou que os três serão punidos pelo crime de dano, pelo ato puro da pichação, independente do que foi escrito. “Iremos analisar e se comprovado a existência de crime eleitoral, vamos encaminhá-los à Justiça Eleitoral e à Polícia Federal”, explicou Salmen.
Ações
O advogado do PMDB, Cláudio Dalledone Júnior, afirmou que os cabos eleitorais de Alvaro tentaram enganar o povo, fazendo parecer que o candidato peemedebista não obedece as leis eleitorais e suja a cidade. Ele confirmou que vai solicitar cópias dos interrogatórios e encaminhar à Polícia Federal e ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) pedidos de instalação de crime eleitoral contra Alvaro. “Vamos inclusive entrar com ações cíveis contra os pichadores e o mandante, pois eles tentaram denegrir a moral do senador Roberto Requião”, disse Dalledone.
Tribunal veda outdoors irregulares
Uma equipe da 3.ª Zona Eleitoral realizou ontem uma operação para fiscalizar os outdoors irregulares de propaganda política colocados em Curitiba. Segundo o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) o número de outdoors tem que ser o mesmo utilizado no primeiro turno, ou seja em trinta pontos. No entanto, segundo denúncias, haveria um número excedente.
A operação originou-se do protocolo na 3.ª Zona de dois pedidos de providências por parte do PMDB, em que se apontavam os outdoors excedentes, e que, efetivamente, foram constatados através da análise cadastral no sistema Outdoors – TSE / 2002.
A ?operação tarja? deveria ser realizada nos bairros do Cristo Rei, Batel, Rebouças, Campina do Siqueira, Mossunguê, Portão e Parolin. No entanto, por causa da chuva, apenas o Cristo Rei pode ser fiscalizado. Segundo a assessoria de imprensa do TRE, apenas dois outdoors de Alvaro Dias (PDT) foram notificados, com tarjas escritas ?propaganda irregular?. O objetivo da ação é educativo.
A operação segue hoje de manhã, mas de acordo com informações da assessoria, o candidato iria retirar ainda ontem todos os painéis irregulares, e também irá entrar com uma representação junto ao TRE denunciando a mesma prática pelo candidato Roberto Requião (PMDB).
E hoje tem início a imunidade eleitoral, período em que os eleitores só poderão ser presos em flagrante ou sentença criminal condenatória por crime inafiançável. Ela tem validade até 48 horas depois das eleições, ou seja, no dia 29 de outubro. Esta mesma lei vale para os candidatos, sendo que, a imunidade eleitoral dos que estão concorrendo ao cargo de governador e presidente já está valendo desde o dia 12 de outubro.