Bueno é vice nacional da Mobilização Democrática

O ex-secretário-geral do PPS e ex-candidato a governador do Paraná, Rubens Bueno, assumiu, domingo, a vice-presidência da recém-criada MD (Mobilização Democrática), fusão dos partidos PPS, PHS e PMN, para que juntos, o novo partido ultrapasse a cláusula de barreira, dispositivo que extingue o direito a funcionamento parlamentar dos partidos que não obtiveram 5% dos votos apurados para deputado federal.

Para Rubens Bueno, o novo partido será a alternativa do novo quadro político-partidário brasileiro. ?A MD quer mostrar para o país que através da organização política partidária originária da união do socialismo, do solidarismo e do humanismo será possível apresentar à sociedade brasileira uma alternativa viável de poder e de transformação do país?, declarou. Segundo Rubens, o projeto da MD começa a ser implementado na prática a partir das eleições municipais de 2008. ?Vamos começar pelos municípios e, em 2010, fazer avançar esse projeto nos estados e na disputa pela Presidência?, disse.

A MD, que terá o número 33, passa a contar com 27 deputados federais (22 eleitos pelo PPS, 3 pelo PMN e 2 pelo PHS), sendo a sexta bancada da Câmara, um senador, dois governadores (RO e MT), três vice-governadores (TO, MA e AM), 81 deputados estaduais, 367 prefeitos e quase quatro mil vereadores, garantindo representação partidária em todos os legislativos do país, com direito a gabinetes de lideranças e voz ativa no parlamento, o que é vedado aos partidos que não superam a cláusula de barreira.

O presidente do novo partido, deputado Roberto Freire, explicou que a MD manterá uma posição de oposição ao governo Lula, mas estará aberta para o diálogo. ?Nós nunca fizemos oposição à la PT. Não vamos fazer uma oposição irresponsável, nem de bravata. Teremos uma bancada expressiva que, evidentemente, vai dialogar sempre que necessário com a liderança do governo, como é normal no regime democrático?, analisou.

Após a fusão, a MD terá o mesmo tempo de tevê que PT, PMDB e PSDB. Serão 20 minutos semestrais de veiculação partidária e mais 40 minutos de inserções nos intervalos comerciais das redes de televisão. Nos estados também estará garantido o mesmo tempo para a propaganda partidária estadual. Outra vantagem é o tempo garantido para o horário eleitoral. Segundo estimativas da direção, o novo partido já largará com 1 minuto e 22 segundos, o qual será acrescido do tempo resultante da divisão entre as legendas que disputarão um pleito.

Entre as bandeiras do novo partido estão: desarmamento planetário e local; fim do conceito de estrangeiro; a busca da paz e o compromisso com a não-violência e a defesa da vida; ampliação da democracia por meio da revalorização da participação do cidadão no cotidiano da política; reforma democrática do estado; investimentos maiores em Educação e a redução da taxa de juros, entre outros.

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