Buarque diz que segue Brizola e Vargas

Foto: Agência Brasil

Buarque: é preciso terminar a obra que Vargas começou.

O candidato a presidente Cristovam Buarque (PDT) fez campanha ontem no Rio e apresentou-se aos militantes brizolistas como seguidor dos ex-presidentes nacional do partido Leonel Brizola e da República Getúlio Vargas. Diante do busto de Vargas, na Cinelândia, no Rio, onde pedetistas cariocas depositam flores todos os anos em 24 de agosto (aniversário do suicídio dele), Buarque improvisou um discurso sem microfones em cima de um dos bancos da praça. Ao lado do candidato a governador Carlos Lupi (PDT), ele disse que é preciso completar a obra de Vargas, que, para ele, fez a última revolução do País ao fazer a transição do Brasil agrário ao industrial.

"O Brasil ficou rico, mas não ficou justo", discursou, dizendo que é o único candidato capaz de fazer o que ele chama de "revolução do conhecimento". Buarque defendeu a padronização das escolas de todo o País a partir de critérios criados pelo governo e lembrou que a legenda tem a experiência de Brizola no Rio. "Agora, só precisamos de uma coisa: conseguir 50 milhões de votos para ganhar a Presidência. Toda multidão começa com pouca gente", disse, antes de entoar o refrão do "Hino da Independência" com os seguidores que agitavam bandeiras. No lugar das camisetas, alguns usavam um lenço vermelho, numa referência ao ex-presidente nacional do PDT. Sobre a chapa puro-sangue da sigla, o candidato do PDT a presidente brincou: "Antes só do que mal coligado."

Buarque não quis avaliar a pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT) encomendada ao Instituto Sensus e divulgada anteontem, na qual aparece com 1,4% das intenções de voto, mas se queixou da polarização entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, da Coligação PT-PRB-PCdoB, e o candidato a presidente Geraldo Alckmin (PSDB), da Coligação Por um Brasil Decente (PSDB-PFL). "Eu não analiso, deixo isso para os especialistas. A campanha nem começou ainda. Creio que estão enganados e arrogantes os que pensam que o povo já escolheu quem será o próximo presidente. É até um componente antidemocrático dizer que a eleição está ganha. Vão ter surpresas", disse, listando como dificuldades o fato de não ter o nome muito conhecido e ter origem no menor colégio eleitoral do País, o Distrito Federal.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo