O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), discursou em um evento com empresários da construção civil, nesta quarta-feira, em Brasília. Em clima de campanha, o tucano fez promessas na área tributária, política e de segurança pública. Mas o principal ponto de sua fala foram as reformas. Alckmin defendeu que as eleições de 2018 darão “legitimidade” para medidas reformistas e afirmou que o próximo presidente precisa aproveitar os primeiros seis meses de governo para implantar essas medidas.

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“Claro que não é fácil fazer reformas no último ano de governo. As grandes reformas constitucionais, você tem que fazer no primeiro ano, porque quem for eleito vai ter quase 70 milhões de votos. A legitimidade disso é impressionante. Quem for eleito tem que aproveitar os primeiros seis meses para fazer todas as reformas para poder deslanchar”, disse.

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Alckmin começou o discurso justamente falando da reforma da Previdência e recebeu aplausos dos empresários. “Todo empenho na reforma (da Previdência) agora. Mesmo que não seja o ideal, mas é necessário e importante”, afirmou.

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Sem citar nomes, o tucano negou ser “showman” e alegou que a política brasileira precisa de “construtores”. “A crise de representatividade é geral, não é só nossa. Veja o caso do Reino Unido, da Espanha”, disse antes de falar de seu perfil. “Não sou um showman. Me apelidaram de picolé de chuchu. Quem quiser ver show, vá ver o gênio do Tom Cavalcante. Precisamos resolver problemas. O Brasil precisa de construtores, não gladiadores.”

Na sequência, o governador de São Paulo citou a proliferação de partidos para justificar a necessidade de uma nova reforma política após as eleições. “O Brasil vive uma situação absurda. Não é crível ter 35 partidos”. Ele voltou a destacar os números de seu governo. Comparou os números da área de segurança de São Paulo com o de outros Estados e falou sobre a diferença entre a política fiscal paulista e a federal.

Mesmo estando diante de empresários, o tucano destacou por mais de uma vez a questão social. “O Brasil é profundamente desigual, um dos mais injustos do mundo. É injusto na maneira como arrecada e como gasta os recursos”, disse, antes de defender que o País deixe de tributar o saneamento básico. “Saneamento básico é social. Temos uma contradição: nós tributamos água e esgoto. Governo é escolha, nós não vamos fazer mágica, mas vamos tributar outro setor e desonerar o saneamento básico”, disse.