A presidente Dilma Rousseff defendeu hoje a reforma do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) e o ingresso do Brasil como seu membro permanente. “O Brasil está pronto para assumir suas responsabilidades como membro permanente”, ressaltou a presidente, em seu discurso de abertura da 66.ª sessão da Assembleia-Geral das Nações Unidas.
Dilma citou as cooperações do Brasil na solução de conflitos internacionais e a atuação das forças brasileiras no Haiti. “Com respeito à soberania haitiana, o Brasil tem orgulho da cooperação para a consolidação da democracia naquele país.”
Para a presidente, o terrorismo só poderá ser combatido com eficácia se houver mudanças na representação dos países nas Nações Unidas. “A atuação do Conselho de Segurança é essencial e ela será tão acertada quanto mais legítimas forem suas decisões”, afirmou a presidente, ao defender a inclusão de países em desenvolvimento no Conselho. “A cada ano que passa, mais urgente se faz uma solução para a falta de representatividade no Conselho de Segurança, o que corrói sua eficácia. Não é possível protelar mais”, defendeu.
Dilma também citou as revoluções nos países árabes e disse que os brasileiros “se solidarizam com a busca de um ideal que não pertence a nenhuma cultura”. Para a presidente, os países precisam se unir para colaborar com a construção da democracia no mundo árabe. “É preciso que as nações busquem uma forma de cooperar”, disse.