Ainda sem resposta para a pergunta “Quem mandou matar Marielle?”, manifestantes amanheceram no Largo do Machado, na Zona Sul do Rio, para marcar um mês do assassinato da vereadora Marielle Franco. Guilherme Boulos, candidato à presidência pelo PSOL, partido da vereadora, chegou ao local às 7h, e alertou para o risco de escalada da violência nas próximas eleições.

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“Quem prega a violência no lugar do debate tem conseguido impor sua pauta”, disse, ressaltando que a maior homenagem à vereadora morta é o enfrentamento. “A criminalização das lutas sociais no Brasil vem de muito tempo e o que se fazia à noite, nos becos, está acontecendo à luz do dia. Há uma escalada preocupante de violência política”, completou.

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O deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL) disse que o assassinato é um dos crimes mais complexos do Rio de Janeiro. Afirmou, porém, acreditar no trabalho da polícia. “Vamos cobrar que o Estado não pare. Temos respeito pelo trabalho da Delegacia de Homicídios (DH). Somos contra a federalização (das investigações). Precisamos apoiar, mas precisamos acreditar que estão investigando.”

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“No momento em que os políticos enfrentam uma grande rejeição, uma execução como essa bagunça a cabeça de todo mundo”, disse o vereador Tarcísio Motta, do mesmo partido.

Ele ressaltou que o assassinato deu visibilidade às causas da vereadora, que atuava no campo dos direitos humanos e foi a quinta mais votada nas últimas eleições. “É muito triste que as pessoas tenham conhecido Marielle em um momento como esse”, disse.

De acordo com Freixo, o “Amanhecer por Marielle” é a forma de responder à violência política mostrando que a luta da vereadora cresceu com a execução. “Nossa resposta é a do afeto. Queremos justiça e não vingança”, completou.