O pré-candidato à Presidência do PSOL, Guilherme Boulos, afirmou que Ciro Gomes (PDT) errou ao não comparecer ao ato religioso organizado no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC antes da prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, neste sábado, 7. “O Ciro deveria ter estado lá”, afirmou o líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MTST).
Para Boulos, como representante do “campo progressista e democrático” e participante da “luta contra o golpe”, Ciro teria de estar no sindicato, lugar que se tornou “uma trincheira pela resistência”.
“Ali não era um ato da candidatura do Lula. O que está em jogo não é apenas o Lula e o PT”, afirmou Boulos. “O que estava em jogo era a defesa da democracia brasileira. E não vai parar no PT e no Lula, essas agressões são contra o campo progressista, contra toda a esquerda”.
Herdeiro
Em passeata do MTST em São Bernardo do Campo neste domingo, 8, Boulos evitou afirmar que é herdeiro do espólio político de Lula. O pré-candidato ressaltou que tem diferenças com o “projeto” do PT.
“Eu tenho a minha candidatura, mas isso não vai me fazer ser conivente com a injustiça. Nós queremos discutir um projeto de Brasil, mas ao mesmo tempo tem uma unidade ampla pela democracia. Seguiremos defendendo o direito do Lula ser candidato”, afirmou. “O Judiciário não pode definir no tapetão quem pode participar de uma eleição, isso é antidemocrátrico.”