Botto volta a disparar contra Delazari

O secretário de Segurança, Luiz Fernando Delazari, foi apontado pelo procurador Sérgio Botto de Lacerda como o pivô de sua saída do governo. O procurador disse que não tolerava mais conviver com alguns integrantes do governo e citou o secretário de Segurança, durante entrevista concedida após o encerramento da sessão plenária em que participou anteontem, na Assembléia Legislativa. 

Ele foi ao plenário apresentar sua versão aos deputados sobre o contrato entre a Sanepar e a Pavibras, empresa contratada para realizar obras de saneamento em cidades do litoral do Estado e cujo contrato foi rescindido sem a conclusão do serviço.

Botto de Lacerda deixou o cargo de procurador-geral do Estado e de presidente do conselho de administração da Sanepar em março deste ano. Ele agora atua como integrante dos conselhos de administração da Copel e Elejor. Na Assembléia Legislativa, o procurador afirmou que não entende como Luiz Fernando permanece ainda no cargo, contrariando as determinações do Ministério Público Estadual e do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) para que opte entre o cargo de secretário e o de promotor público.

O CNMP concluiu que Delazari não pode acumular as duas funções, como vem fazendo desde 2003. ?Não entendo como ele insiste em permanecer, agarrado em liminares?, disse Botto de Lacerda. No início da semana, o STF decidiu pela extinção do mandado de segurança ajuizado pelo secretário contra uma decisão liminar do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), que exigia sua saída do cargo no governo.

Inveja

Ontem, em entrevista a O Estado, o procurador afirmou que Luiz Fernando Delazari fez uma campanha difamatória ostensiva contra ele, no governo, movido pelo sentimento de inveja. ?Passou a haver uma inveja grande com relação a mim. Não sou carreirista, político, mas comecei a receber inúmeras delegações em vários segmentos do governo. Foi aí que começou uma campanha contra mim?, afirmou o procurador.

Botto de Lacerda afirmou que chegou ao seu limite e decidiu deixar o cargo, que exercia desde o início do governo Requião, de quem era um dos principais interlocutores até este ano. ?Cansei disso e dessa gente que, ao invés de trabalhar, perde tempo em aporrinhar a vida alheia?, afirmou Botto de Lacerda. O secretário de Segurança Pública informou que não iria comentar as declarações de Botto de Lacerda.

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