Bornhausen libera o PFL no Paraná

O presidente nacional do PFL, senador Jorge Bornhausen, liberou a direção estadual a fazer as alianças para a sucessão estadual que julgar mais adequadas ao partido no Paraná. "Essa questão vai ser decidida aqui, pelos companheiros do Paraná, com coerência", afirmou o dirigente nacional, que esteve ontem na sede do partido, em Curitiba, para conversar sobre o processo eleitoral com deputados federais, estaduais, pré-candidatos proporcionais às eleições de outubro e integrantes da executiva estadual.

Bornhausen afirmou que a única condição exigida pela direção nacional é que os partidos que dividirem o palanque com o PFL estejam comprometidos com a candidatura de Geraldo Alckmin, o pré-candidato do PSDB à presidência da República. "Há várias opções no estado e nenhuma delas tem qualquer tipo de restrição pela direção nacional. Basta compartilhar conosco a campanha do Alckmin", declarou o senador catarinense.

Bornhausen disse o que a direção estadual do PFL queria ouvir. Antes da chegada do senador, o presidente estadual do partido, deputado federal Abelardo Lupion, declarou que está "completamente" descartado um acordo que leve o partido a apoiar a reeleição do governador Roberto Requião. Mesmo que haja uma aliança nacional entre PMDB, PFL e PSDB, Lupion deixou claro que no Paraná, não há disposição do seu partido de participar de uma composição semelhante. "O Paraná está com a sua posição fechada", afirmou o presidente estadual, afirmando que o partido continua investindo na pré-candidatura do senador Osmar Dias (PDT) ao governo.

O presidente nacional do PFL comentou que a eleição presidencial será "plebiscitária" e "bipolarizada" e que tucanos e pefelistas estão ainda buscando a melhor maneira de compartilhar os palanques nos estados. Mas deixou a entender que onde a aliança não for possível, não haverá problemas. "Às vezes, mais de um palanque é melhor que um palanque só", afirmou.

As negociações nacionais entre PSDB, PFL e PMDB ainda dependem de etapas decisórias entre os peemedebistas, disse o presidente nacional do PFL. Ele citou que a reunião de amanhã, dia 19, entre a executiva nacional do PMDB, as direções estaduais e os governadores, vai fazer avançar ou interromper as conversas entre os três partidos, dependendo da decisão de manter ou não a candidatura própria à sucessão do presidente Lula.

Bornhausen disse que o PFL está fazendo consultas internas para escolher o candidato a vice-presidente de Alckmin. E que a partir desse levantamento será discutido um perfil de nome para ser parceiro de chapa do pré-candidato tucano.

Impeachment

Bornhausen voltou a defender o impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Conforme o pefelista, está provado que Lula cometeu crime de responsabilidade no caso do financiamento da campanha eleitoral. "O pagamento com recursos públicos para o publicitário Duda Mendonça em paraísos fiscais tem um cheiro fortíssimo de crime de responsabilidade." Segundo Bornhausen, há indícios de sobra da responsabilidade de Lula. " Os índicios são fortes na hora em que o procurador-geral da República mostra que uma quadrilha se instalou no governo e o presidente da República é o presidente de honra da quadrilha, isto está na revista Veja, não sou eu que estou dizendo", afirmou. 

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