O procurador-geral do Estado, Ivan Bonilha, foi o primeiro integrante do grupo do governador Beto Richa (PSDB) a registrar candidatura para a eleição de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, aberta pelo presidente da Assembleia Legislativa, Valdir Rossoni (PSDB) após a anulação do processo que elegeu Maurício Requião, em 2008.
Apesar de ser advogado concursado do TCE, Bonilha é o primeiro nome político a candidatar-se para a vaga. Antes dele, o contador do Ministério Público Jorge Antônio de Souza, o advogado Tarso Cabral Violin e o procurador do Ministério Público de Contas Gabriel Guy Léger, registraram-se no pleito.
“Muitos não sabem, mas ingressei no Tribunal de Contas por concurso público e comecei lá a minha vida profissional como assessor jurídico. Então, já depois de ter percorrido vários cargos da administração pública, achei que era hora de me propor a disputar”, disse o procurador que, no momento, passa a ser o nome favorito, uma vez que a eleição é feita apenas pelos deputados estaduais e, com imensa maioria na Casa, a preferência do governador Beto Richa deve prevalecer.
Mas Bonilha ainda pode enfrentar concorrência de deputados ou ex-deputados. No processo que levou à eleição de Maurício Requião, Caíto Quintana (PMDB) e Durval Amaral (DEM) abriram mão da disputa. Caíto, reeleito deputado, ainda não se manifestou sobre a próxima disputa. Durval, hoje secretário-chefe da Casa Civil, não esconde o interesse em ser conselheiro do TCE. Resta saber se entrará na disputa neste momento, e contra outro integrante do governo do Estado.
Sobre o interesse de outros profissionais na disputa, Bonilha classifica como positiva, uma vez que permite a pluralidade na eleição e uma oportunidade dos candidatos mostrarem qualidade técnica para assumir a vaga de conselheiro. “Haverá sabatina, análise dos currículos e os deputados vão poder formar uma boa opinião sobre os candidatos. Não pode haver um candidato, mas vários candidatos. Isso mostra o vigor da instituição e vigor dos profissionais”, afirma.
