O candidato à Presidência da República João Amoêdo (Novo) disse nesta quinta-feira, 30, no Recife, que a diferença entre ele e o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL) é que seu adversário nas eleições 2018 tem “apenas o discurso liberal”, enquanto ele “tem a prática”. Amoêdo também sinalizou que não pretende apoiar Bolsonaro caso ele vá para o segundo turno.

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“Tenho dúvidas (de que ele viva) na prática uma filosofia liberal, porque não é isso que ele faz nesses anos de atuação, quase 30 como deputado federal. Acho que é muito discurso, a gente tem a prática. Qualquer alinhamento que a gente vier a fazer (no segundo turno) tem que ser em cima das ideias, não julgo nenhum político pelo o que ele fala, mas pelo o que ele fez ou pelo o que ele faz”, afirmou.

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Com 1% das intenções de voto segundo a última pesquisa Ibope, Amoêdo tenta crescer entre os eleitores de direita, espectro em que Bolsonaro também trabalha. O candidato do Novo disse estar otimista em figurar no segundo turno no lugar de Bolsonaro e, por isso, tem sido alvo de ataques desferidos por apoiadores do deputado.

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“A gente tem recebido ataques ao que tudo indica de militantes do Bolsonaro, fazendo dossiê mentirosos sobre o passado, sobre como eu obtive o meu patrimônio, minha preferência (política) e fazendo montagens com declarações que eu disse para buscar uma diferenciação do candidato deles. Vamos enfrentar com coerência, transparência e educação sem entrar nesse tipo de briga, não gastando nosso tempo querendo desmentir o que não tem o menor sentido”, afirmou.

Depois de passar por Fortaleza na quarta-feira, 29, Amoêdo desembarcou no Recife para cumprir uma agenda restrita a militantes. No aeroporto, o candidato foi recebido por cerca de 40 apoiadores, uma parte deles de candidatos a deputados estaduais e federais por Pernambuco. Amoêdo almoçou no terminal, onde passou quase despercebido por funcionários e passageiros.

No comitê do partido, o candidato voltou a criticar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), condenado e preso pela Operação Lava Jato, e reafirmou as promessas de privatizar a Petrobras e a Eletrobras, reduzir o governo federal a 12 ministérios, liberar o porte de armas de fogo, transformar o Palácio do Planalto em museu e fazer a reforma da Previdência.

“O que falta no Nordeste é o que falta no Brasil, liberdade para empreender. Vamos facilitar o empreendedorismo e capacitar as pessoas. O Pronatec tem uma evasão de 80% segundo o Ministério da Educação; vamos melhorar esse processo”, disse Amoêdo.