Atentado

Hemorragia poderia ter matado Bolsonaro, afirma diretor de hospital

Fábio Motta / Estadão Conteúdo

O presidente da Santa Casa, Renato Loures, disse que o deputado Jair Bolsonaro (PSL) foi transferido em condições “muito boas”, lúcido e comunicativo para São Paulo. Segundo o médico, equipes dos hospitais Sírio Libanês e do Albert Einstein avaliaram Bolsonaro durante a madrugada e, junto com a equipe da Santa Casa, decidiram que ele estaria em condições para o translado.

“Deve ter havido uma pressão muito grande dos hospitais de São Paulo, até porque ele não é daqui. Mas ele foi transferido em condições muito boas. Acreditamos que possa haver um desfecho muito bom em São Paulo”, disse.

Loures acrescentou que, se houvesse atraso na cirurgia, Bolsonaro poderia ter morrido. Ele explicou também o motivo de não ter saído muito sangue na hora da perfuração. “Na hora da perfuração é comum não sair muito sangue. A perfuração foi única. Essa faca, o buraco é pequeno, não sai o sangue. Ele fica sendo acumulado no abdômen. Tinha mais ou menos, segundo os médicos, 2 litros de sangue dentro da cavidade abdominal”, afirmou.

Por conta do vazamento da foto de Bolsonaro no leito hospital, Loures confirmou que policiais federais fizeram vistoria em celulares da equipe médica e de quem estava no local. “Não se pode permitir que seja vazada uma foto do paciente dentro do centro cirúrgico. Não sabemos se foi um médico ou um colaborador, mas podemos afastar um médico se tiver sido um. Pode ter sido uma pessoa também que estava junto daquele tumulto de polícia federal e segurança”, afirmou.

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