politica

‘Bolsonaro foi instrumento’ da democracia aos ‘que enganam’, diz procurador

O procurador regional da República Carlos do Santos Lima, o decano da Operação Lava Jato em Curitiba, se posicionou sobre a eleição de Jair Bolsonaro (PSL) à Presidência da República. “A democracia pune aqueles que enganam o povo, é Bolsonaro hoje foi um instrumento dessa punição.”

Em seu perfil no Facebook, o decano da Lava Jato – que deixou a força-tarefa há dois meses para se aposentar – escreveu que “agora é hora de mostrar que é possível algo diferente, dentro das regras constitucionais”. “Pois se não muitos perderão a confiança de que é possível um governo justo, honesto e para toda a população”, escreveu.

Um dos porta-vozes da Lava Jato, ao lado do coordenador do grupo, procurador Deltan Dallganol, Carlos Lima chegou a ser alvo de ação movida pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva – preso e condenado em Curitiba – por suas declarações.

“O difícil não é saber perder, o difícil é saber ganhar, diz uma música que gosto muito. Hoje Bolsonaro ganhou a eleição para presidente com uma margem que não deixa dúvidas quanto à decisão da maioria da população.”

O procurador lembrou do peso do voto “anti-petista” na eleição de Bolsonaro e citou os esquemas de corrupção, combatidos pela Lava Jato. “Agora é esperar que o capitão reformado e deputado federal não seja arrogante e compreenda que os votos que o tornaram presidente não foram porque a maioria dos eleitores o acha um mito, ou sequer porque tem certeza das reais propostas de sua candidatura, mas apenas porque reapresentou o voto anti-PT”, escreveu.

“O país não aceita mais que lhe vendam esperança e no governo lhe entreguem mais do mesmo esquema político corrupto de sempre.”

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo