O presidente eleito, Jair Bolsonaro, recebeu a Medalha do Pacificador com Palma do Exército, nesta quarta-feira (5), por ter impedido que um soldado se afogasse durante atividade de instituição militar no ano de 1978. Em depoimento à Folha de S. Paulo, em 2011, Bolsonaro relembrou o episódio, que chamou de “caso do Celso Negão”, para alegar que não era racista.

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“Minha relação com os negros sempre foi ótima. Não vou dizer que meus melhores amigos eram negros, mas tive bons amigos negros. E teve o caso do negão Celso. Em 1978, tinha um exercício em que passávamos por uma corda em cima de uma lagoa. Mas o sargento balançou a corda, e o recruta Celso “catapum” dentro d’água! Agarrei o negão no fundo. Tirei ele pra fora, porque estava morrendo afogado. Eu era um atleta, um cavalo. Depois me contaram: “O soldado Celso é boiola!”. Começou a brincadeira em cima de mim: só tirei o negão para fazer boca a boca. Se fosse racista, eu teria pulado?”, disse Bolsonaro em depoimento publicado no FolhaTeen.

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Segundo nota divulgada pelo Exército, nesta quarta, Bolsonaro recebeu a honraria porque se distinguiu por sua “abnegação, coragem e bravura com eminente risco da própria vida” ao realizar o salvamento. No texto, o Exército não cita o nome do soldado salvo e menciona apenas que fazia parte da 2ª Bateria de Obtuses do 21º Grupo de Artilharia de Campanha.

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A cerimônia de entrega da Medalha do Pacificador de Palma foi realizada no Quartel-General do Exército, em Brasília, em audiência fechada. Esta foi a última reunião do alto comando do Exército do ano e também a última com a presença do General Eduardo Villas Bôas no comando. O militar deixará a função no dia 11 de janeiro.