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Bolsonaro diz que não pode trocar líder no Senado por ‘busca e apreensão’ da PF

O presidente da República, Jair Bolsonaro, afirmou que, por ora, o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), continua no cargo. Em entrevista ao Correio Braziliense, durante viagem a Nova York, Bolsonaro afirmou na terça-feira, 24, que precisa de algo “mais concreto” para afastar Bezerra, pois a realização de busca e apreensão pela Polícia Federal no gabinete e na residência do parlamentar não é suficiente.

“Eu não tirei o Fernando Bezerra de lá (da liderança do governo). Quero algo mais concreto. Não posso – com uma busca e apreensão, um processo antigo, e nós sabíamos que tinha esse processo – tirá-lo de lá”, disse Bolsonaro.

Ele destacou que Bezerra tem feito um “brilhante trabalho” para a sua gestão junto ao Senado. Acrescentou, ainda, que a função de líder do governo é “ingrata”. “Ele (Bezerra) tem todo o direito de se defender e tem feito, até o presente momento, um brilhante trabalho para nós, dentro do Senado. É uma função ingrata, difícil, dá trabalho conversar com parlamentares dos mais diferentes matizes”, disse Bolsonaro na entrevista.

Bolsonaro tem duas pautas de interesse prioritário no Senado. Uma delas é a reforma da Previdência, cuja votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) foi adiada para a próxima semana. Além disso, os senadores serão responsáveis por avaliar a indicação de Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente, para a embaixada do Brasil em Washington.

Após participar da Assembleia Geral das Nações Unidas, o presidente Jair Bolsonaro voltou para Brasília na manhã desta quarta-feira. Ele chegou ao Palácio da Alvorada, uma das residências oficiais da Presidência, por volta das 8h30.

Bolsonaro teve agenda com ministros palacianos, como Jorge Oliveira (Secretaria-geral) e Onyx Lorenzoni (Casa Civil).

O presidente viajou na última segunda-feira e passou cerca de 30 horas em Nova York, nos Estados Unidos. Além de abrir a etapa de debates na Assembleia Geral da ONU, Bolsonaro foi na terça-feira a uma recepção organizada pelo presente dos EUA, Donald Trump, para chefes de estado.

Durante a viagem, o presidente não teve encontros bilaterais agendados. Segundo o Planalto e o Itamaraty, a agenda limitada em Nova York é em razão da recuperação física do presidente após ter sido submetido por uma cirurgia.

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