O pré-candidato do PSL à Presidência, o deputado federal Jair Bolsonaro (RJ) criticou neste sábado, 21, seu adversário e ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) por firmar um acordo com o Centrão, grupo que reúne DEM, PP, PR, SD e PRB. “Quero cumprimentar o Alckmin. Ele juntou alta nata de tudo que não presta no Brasil do lado dele”, afirmou na Vila Militar no bairro de Deodoro, no Rio de Janeiro.

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Bolsonaro, que participava de evento de formatura de paraquedistas no Exército, disse que não se referia aos parlamentares dessas siglas, mas ao grupo que “decide a situação”. Outros presidenciáveis também criticaram o acordo.

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O deputado tentava até a semana passada ter o PR ao seu lado e chegou a negociar com Valdemar Costa Neto, líder da sigla, uma aliança. Ele desejava ter o senador Magno Malta (PR-ES) como vice em sua chapa. O PR, porém, desistiu de apoiá-lo e entrou nas negociações do Centrão com Alckmin.

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Bolsonaro classificou o rival tucano como um “general sem tropa”. Segundo ele, 40% dos deputados que compõem as bancadas de DEM, PP, PR, SD e PRB estarão com ele quando for eleito.

“Eles têm um compromisso de governabilidade sem o “toma lá, dá cá” conosco”, disse. O deputado voltou a dizer que, uma vez na presidência, a governabilidade virá sem troca de apoio no Congresso por cargos na estrutura do governo.

“Se é para fazer a mesma coisa, não vote em mim. Eu não quero conversar com Sergio Moro em Curitiba. Simples o negócio”, disse. “Agora, vocês da imprensa falam tanto que tem de ter governabilidade dessa forma. Essa forma de governar é que levou o Brasil a essa ineficiência e essa corrupção não encontrada em nenhum lugar do mundo”, afirmou.

Após as conversas com o PR naufragarem, Bolsonaro tentou um acordo com o PRP para que o general Augusto Heleno, militar da reserva e seu aliado, pudesse compor sua chapa, mas o partido também declinou a proposta. Heleno também estava na solenidade. Líder nas pesquisas no cenário que desconsidera o ex-presidente Lula, Bolsonaro segue sem vice e sem alianças partidárias.