Após confirmação de que disputaria o segundo turno das eleições presidenciais, Jair Bolsonaro (PSL) demonstrou sua intenção de ir às ruas para fazer campanha nesta segunda etapa do pleito. No entanto, para isso, terá que passar por uma avaliação médica nos próximos dias, que definirá se ele poderá mesmo seguir essa estratégia de campanha – até o momento ele segue em recuperação em casa, pouco mais de um mês após levar uma facada em um evento em Juiz de Fora (MG).
Essas informações foram divulgadas nesta segunda-feira (8) pelo deputado estadual Flávio Bolsonaro (PSL), filho do candidato à Presidência, que também informou que a nova perícia deve acontecer nesta terça-feira (9) ou na quarta-feira (10). No entanto, em entrevista concedida à Record na última quinta-feira (4), o próprio candidato disse que provavelmente só poderia retornar às atividades normais no final de outubro ou início de novembro.
“O próximo fator importante é essa perícia dos médicos, que vão dizer até onde ele pode ir e até onde não pode ir. Mas ele quer sair”, disse Flávio Bolsonaro. Ele acrescentou que a participação do candidato em debates também depende dessa avaliação. O deputado ainda afirmou que a estratégia de campanha para o segundo turno será fortalecer lideranças estaduais e apostar nas redes sociais.
Sobre o Nordeste, única região do país em que Jair Bolsonaro perdeu a eleição no primeiro turno, Flávio Bolsonaro disse acreditar que o tempo de televisão, dividido ao meio no segundo turno, permitirá atingir mais eleitores. “A gente vai poder comunicar melhor para aqueles setores que não foram impactados pelas redes sociais.”
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Críticas ao PT
Bolsonaro ainda atacou o PT, classificando o partido de “império do mal” e “trevas”, e disse que a vitória do PSL foi avassaladora, com a eleição de mais de 50 deputados federais e quatro senadores. Ele afirmou que, no segundo turno, não haverá conversas nem alianças formais com outros partidos, apenas convergência de valores contra a candidatura de Fernando Haddad (PT) à Presidência.
Flávio disse que a bancada eleita para o próximo Congresso Nacional garante base a Bolsonaro e dificultaria a governabilidade para Haddad, caso este vença o segundo turno das eleições.
Ele afirmou também que o PSL tem direito de questionar os resultados da eleição. Para o deputado, haveria muito mais tranquilidade entre os eleitores se o Tribunal Superior Eleitoral tivesse aprovado o voto impresso, para contangem manual. “Problemas não foram pontuais e podem ter sido decisivos”, acrescentou Flávio Bolsonaro.
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