No primeiro programa eleitoral na televisão do segundo turno, divulgado nesta sexta-feira (12), o candidato Jair Bolsonaro (PSL) agradeceu aos eleitores pela votação que recebeu no primeiro turno, fez ataques ao PT e ao Foro de São Paulo e tentou desfazer a imagem de machista e se aproximar ainda mais do eleitorado feminino. O presidenciável, que chegou a dizer em uma palestra que sua filha caçula – e única menina – era fruto de uma “fraquejada”, exibiu imagem da garota no programa eleitoral e até chorou ao se referir a ela.
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Bolsonaro disse no programa que é pai de cinco filhos e que é “mais fácil” educar um filho homem. “Você dá uma bola, um carrinho”, disse o presidenciável. Segundo ele, os filhos homens podem “até falar palavrão”. O candidato também disse, emocionado, que desfez a vasectomia para poder ter mais filhos e aí veio a caçula. “Mudou muito a minha vida com a chegada dela”, afirmou.
O candidato também aproveitou o tempo disponível para mostrar sua biografia e falar de Deus. Bolsonaro voltou a afirmar que é um candidato firme e patriota, além de ter sido uma voz importante quando o Brasil mais precisou, enquanto exibia imagens suas na tribuna da Câmara dos Deputados, onde atua há quase 30 anos.
E atacou o PT dizendo que o país está “à beira do abismo após 13 anos de governos do PT”. Essa foi praticamente a estreia de Bolsonaro na televisão. Durante o primeiro turno, o candidato tinha apenas 8 segundos na televisão. Agora, tem cinco minutos.
Haddad diminui Lula e aposta no verde a amarelo
O candidato Fernando Haddad (PT) começou o programa eleitoral falando de ataques sofridos por eleitores contrários a Bolsonaro por parte de seus apoiadores. Ele citou o exemplo do mestre de capoeira que foi assassinado na Bahia por ter declarado voto em Haddad. O autor confessou o crime e disse que teve motivações políticas.
havia feito no primeiro turno, o nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
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O programa de Haddad também citou o caso de uma jovem que teve uma suástica nazista marcada no abdômen depois de ser perseguida por usar uma camiseta com a inscrição “Ele não”. Entre o relato dos dois casos, o programa relembrou uma declaração de Bolsonaro, que disse, no Acre, que iria “fuzilar a petralhada”.
O programa também exibiu um vídeo em que um eleitor de Bolsonaro vota usando uma arma. Em seguida, uma eleitora sugere: “Vamos votar no amor”.
Haddad também exibiu seu currículo e biografia e disse que quer conversar também com o eleitor que não votou nele no primeiro turno. Ele disse, ainda, contar com “todos que são a favor da democracia”.
Personagem recorrente nos programas do primeiro turno, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva apareceu muito rapidamente no programa de Haddad dessa sexta. Ele apareceu fazendo um discurso sobre o papel de Haddad como ministro da Educação, mas a aparição dura apenas cerca de cinco segundos.
No final, Haddad ainda incluiu as cores verde e amarelo – cores muito exploradas na campanha de Bolsonaro – junto com o vermelho, da bandeira do PT, em sua logo. Também mudou o jingle anterior, que era associado ao ex-presidente Lula, chamado “o Brasil feliz de novo”.
O novo jingle pede “todos pelo Brasil”. Lula aparece brevemente na propaganda, dizendo que “ninguém fez mais pela educação do que Haddad”. O candidato foi ministro da Educação nos governos do PT.
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