Só depois das eleições

Bolsonaro ataca acordo entre WhatsApp e TSE para eleições e faz novas ameaças

Jair Bolsonaro sugeriu que variante ômicron ca covid-19 é "bem vinda ao Brasil".
Foto: Danilo Verpa/Folhapress

O presidente Jair Bolsonaro (PL) atacou nesta sexta-feira (15) o acordo entre o WhatsApp e o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para que a nova ferramenta do aplicativo que permite grupos com milhares de pessoas só comece a funcionar no Brasil após o segundo turno das eleições.

“E já adianto que isso que o WhatsApp está fazendo no mundo todo, sem problema. Agora abrir uma excepcionalidade no Brasil isso é inadmissível e inaceitável.”

“Não vai ser cumprido esse acordo que porventura eles realmente tenham feito com o Brasil com informações que eu tenho até esse momento”, disse Bolsonaro, em vídeo gravado em motociata nesta sexta-feira (15) no interior de São Paulo. A declaração foi exibida pela Jovem Pan.

O WhatsApp lançou nesta quinta-feira (14) em estágio experimental um novo recurso chamado comunidades, que funcionará como um guarda-chuva abrigando vários grupos com milhares de usuários.

Na prática, trata-se de um grande grupo de grupos, que pode ter milhares de membros, com toda a comunicação criptografada. Hoje, cada grupo de WhatsApp tem, no máximo, 256 integrantes.

O recurso estará em teste com alguns usuários nos próximos meses.

O WhatsApp se comprometeu com o TSE a não estrear as “comunidades” no Brasil antes do eventual segundo turno da eleição presidencial, marcado para 30 de outubro.

A empresa, porém, não promete segurar o lançamento das comunidades entre o segundo turno e a posse presidencial no Brasil.

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