O presidente Jair Bolsonaro disse que o exame de biópsia a que se submeteu revelou que ele não tem câncer de pele. Na semana passada, foi o próprio presidente que levantou essa hipótese em conversa com jornalistas ao comentar um exame de rotina. No dia seguinte, negou a informação e disse ser “fake news”. Bolsonaro reconheceu ainda que sempre teve hábitos “ruins” de saúde.

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Em entrevista no Palácio do Alvorada, Bolsonaro comentou a possibilidade de o ministro da Justiça, Sérgio Moro, concorrer às eleições presidenciais de 2022. Segundo o presidente, “todo mundo fala” que Moro “tem muita chance”. “Agora, tem de perguntar pro Moro se ele quer, ele agora sabe o que é política”, disse.

Bolsonaro, no entanto, afirmou que ainda é cedo para apostar em uma chapa com Moro como vice na próxima eleição presidencial. Segundo Bolsonaro, Moro não virou político, mas está em “adaptação”.

O presidente reconheceu que teve uma relação “tumultuada” com o vice-presidente Hamilton Mourão no começo do governo. Agora, segundo ele, isso está superado. Bolsonaro disse que Mourão “está indo muito bem”, mas que, se preciso, poderá escolher outro candidato a vice em 2022.

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“Se eu estiver bem, posso ser candidato à reeleição. Questão do vice é peça fundamental na campanha. Mourão está indo bem. Agora, vamos supor que eu esteja razoavelmente bem e tenha que trocar essa peça: já falei com Mourão sobre isso aí. É uma pessoa bastante equilibrada e sensata. Até ele, se quiser, vamos supor que outro cara queira ser candidato a presidente e ele queira ser vice. Direito dele”, declarou.

Questionado sobre quais ministros se destacaram no primeiro ano de seu governo, Bolsonaro citou os ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, e do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, envolvido em investigações sobre candidaturas laranja do PSL. “Com todos os problemas… Marcelo está indo muito bem”, disse.

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Lula

Bolsonaro disse que optou por não responder às provocações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que deixou a prisão em 8 de novembro. O presidente considera o silêncio uma decisão acertada, para evitar que o petista “cresça”. Bolsonaro afirmou que recebeu um vídeo de Lula, que estaria acompanhado por apenas “umas 40 pessoas”. “Dá vergonha.”

Para o presidente, se o voto impresso for aprovado, o PT não terá mais chance de vencer uma disputa presidencial. A justificativa seria o fim da “fraude nas urnas”, disse Bolsonaro, sem apontar evidências de que alguma vez tenha ocorrido irregularidade nas eleições realizadas com urnas eletrônicas.

O presidente disse que mede o nível de sua popularidade ao sair nas ruas e em interações nas redes sociais. Para ele, hoje, o ex-presidente Lula não teria a mesma recepção que Bolsonaro diz receber.