Mesmo sem enviar nenhum executivo ao Brasil, a norte-americana Boeing espera colher frutos da viagem de Barack Obama ao País. A expectativa é de o lobby direto do presidente desequilibrar a concorrência para compra de novos caças para a Força Aérea Brasileira (FAB), favorável à francesa Dassault até o fim do ano passado, e dar vantagem à fabricante dos Estados Unidos.

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Antes do embarque de Obama ao Brasil, a Câmara Americana de Comércio esperava uma “surpresa” do encontro entre os dois presidentes. A Boeing prefere a discrição e não tem se manifestado sobre a concorrência com os franceses e com a sueca Saab.

O governo americano, por sua vez, está de olho no impacto desse contrato na cadeia produtiva aeronáutica e, especialmente, em termos de geração de postos de trabalho. O negócio começa com 36 aviões, no Brasil, e deve influenciar outros possíveis clientes, como a Índia.

Um dos pontos-chave que pesam na proposta da Boeing é a transferência de tecnologia prevista na concorrência da FAB. Essa decisão depende de aprovação do Congresso americano, cujas votações já sentem reflexo da eleição presidencial de 2011.

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Na semana passada, em entrevista a jornalistas brasileiros e hispano-americanos, Dan Restrepo, conselheiro adjunto de Segurança Nacional da Casa Branca, insistiu na amplitude da oferta da Boeing em relação à questão-chave de transferência de tecnologia. “Essa é a oferta que se dá aos sócios mais próximos”, salientou, ao confirmar a presença do tema na conversa entre Obama e Dilma Rousseff. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.