Após a votação deste domingo (7) definir o cenário para o segundo turno das eleições no Brasil, as campanhas seguem acirradas, principalmente pelas redes sociais. Nesta segunda-feira (8), uma mensagem sobre uma orientação política que estaria sendo dada aos funcionários Caixa Econômica Federal, passou a circular em grupos do aplicativo Whatsapp. Segundo o texto compartilhado, os colaboradores do banco estariam sendo alertados por seus gestores, para que não votem em um dos candidatos à presidência,  evitando assim, correr o risco de perderem seus empregos.

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“Atenção pra denúncia grave: a Caixa Econômica está pressionando seus gerentes a fazerem palestras por todas as partes do País, alegando que caso o Bolsonaro vença, eles irão perder o emprego (sic). Estão colocando medo em todos os funcionários, pois segundo eles, o Bolsonaro irá privatizar a empresa. Pediram inclusive aos funcionários pra convencer (sic) os clientes a não votarem nele, para não ficarem desempregados! Denuncie”, diz a mensagem, encaminhada pelo app.

‘Alerta’ que circulou pelas redes sociais. Imagem: Reprodução/Whatsapp

Fake news

Questionada sobre a veracidade dos fatos, a Caixa Econômica Federal, por meio de sua assessoria, esclarece que “são boatos as mensagens sobre interferências do banco no posicionamento político dos seus funcionários”. A instituição informa ainda, que “respeita o direito de voto secreto, garantido pela Constituição Federal, aos seus empregados”.

Alerta

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Ainda durante a campanha para o primeiro turno, algumas empresas brasileiras, entre elas a Havan e o Condor, chegaram a se posicionar politicamente, divulgando comunicados aos seus funcionários. No entanto, na última segunda-feira (1º) o Ministério Público do Trabalho (MPT) emitiu uma nota pública para alertar as empresas e funcionários sobre a proibição de imposição, coação ou direcionamento nas escolhas políticas de empregados.

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Segundo o MPT, a prática pode caracterizar como discriminação em razão de orientação política, o que configura irregularidade trabalhista e que pode ser alvo de investigação e ação civil pública por parte do MPT.

O procurador-geral do trabalho, Ronaldo Curado Fleury, explicou que a interferência por parte do empregador sobre o voto de seus empregados pode, ainda, configurar assédio moral. Quem presenciar tal prática pode fazer denúncia ao MPT através do site do órgão.

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