Bipolaridade só interessa às elites, critica Roberto Freire

O presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire, afirmou durante abertura do Seminário Darci Ribeiro, entre o PPS e o PDT, que a bipolaridade entre PT e PSDB que está sendo imposta ao povo brasileiro só interessa as elites. Por isso, afirma ele, o partido buscou uma aproximação com o PDT, com o objetivo de contruir uma nova alternativa política para o país. Hoje, o PPS decide, durante encontro do Diretório Nacional, seu afastamento do governo Luiz INácio Lula da Silva. Segundo Freire, não é possível cair no fatalismo da bipolaridade. Para ele, PT e PSDB são hoje, praticamente a mesma coisa. O Brasil, diz Freire, espera por uma mudança que não está sendo construída. "E esse seminário é um marco para isso, para a construção de uma alternativa para o país. Queremos buscar o entendimento e marcar a história da política brasileira", disse.

Com essa posição, de alguma forma, Freire critica documento da bancada do PPS, divulgado ontem, que não vê saída fora dos campos do PT e PSDB. O presidente do partido acredita que as eleições municipais apontaram para a pluralidade, abrindo espaços para o lançamento de um candidato alternativo às eleições presidenciais.

O presidente do PDT, senador Carlos Luppi, afirmou durante a abertura do encontro que a aliança entre os dois partidos busca a contrução de uma sociedade mais justa e mais fraterna. "Até porque hoje se discute a balança comercial e se esquece das questões sociais", frisou.

Luppi ainda fez uma provocação, de olho na reunião do Diretório Nacional do PPS, que acontece neste sábado. "Queremos contruir uma alternativa política junto com o PPS. Mas, se está na base do governo, como querer construir uma alternativa", questionou. Hoje, o PPS decide se continua ou desembarca da base do governo.

Rubens propõe devolução

"Se realmente quiser se colocar como alternativa ao que aí está, o partido deve entregar os cargos na administração federal e adotar posição de independência, agindo de forma crítica em relação ao governo", afirmou o secretário-geral da executiva nacional do PPS, Rubens Bueno.

Para Rubens, PPS e PDT, aliados, podem constituir esta terceira força, alternativa ao PT e ao PSDB. No Paraná, a costura dessa aliança deve ser bem mais complicada do que em âmbito nacional. Se tudo leva os dois partidos a se unirem em torno de uma candidatura presidencial, a disputa pela sucessão do governador Roberto Requião (PMDB) os separa. Rubens Bueno já deixou claro que é candidatíssimo ao Palácio Iguaçu, da mesma forma que o senador Osmar Dias é o grande projeto de poder da aliança que elegeu Beto Richa à prefeitura de Curitiba (PSDB-PDT-PSB-PP).

Um acordo para alinhavar uma chapa onde Osmar disputasse o governo e Rubens o Senado é tido como inviável, pelo menos neste momento.

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