Bezerra defende celeridade da investigação para “não ficar pendurado no pincel”

Alvo da operação da Polícia Federal deflagrada nesta terça-feira, o senador Fernando Bezerra (PSB-PE) defendeu que as investigações sejam “céleres” para não “ficar pendurado no pincel”.

Bezerra foi citado investigações da Lava Jato pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. De acordo com o diretor, o senador teria pedido em 2010 R$ 20 milhões para a campanha à reeleição do então governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB), morto em 2014 . Na época, Bezerra Coelho era secretário de Desenvolvimento da administração de Campos.

“Acho que ritos formais devem ser cumpridos. Mas o que me surpreende é que o fato que eles levaram do apartamento apenas duas declarações de Imposto de Renda e um extrato bancário”, afirmou o senador, ao se referir ao material apreendido em seu apartamento em Recife, pelos agentes da Polícia Federal. “Acho que não precisavam desse tipo de diligência. Pegou de surpresa sim porque até onde temos informações de tudo que está sendo levantado, dos depoimentos, não tem nada que possa nos incriminar”, lamentou.

Segundo ele, a expectativa é que o caso seja elucidado até o próximo mês de agosto quando deve encerrar o prazo das diligências demandas pelo Supremo Tribunal Federal, no âmbito das investigações da Lava Jato. “Nós somos políticos e a opinião pública está querendo que vá fundo nas investigações. Eu também acho que deve ir fundo, mas devem ser céleres para a gente não ficar pendurado no pincel”, ressaltou. “Eu continuo confiando nas autoridades responsáveis pela investigações e tenho certeza que os fatos ficarão esclarecidos ao cabo da conclusão das diligências desse inquérito. O que diz respeito ao dia de hoje, falo em minha pessoa, para objeto que foi não precisava esse tipo de iniciativa”, acrescentou.

Os agentes federais também cumpriram mandados em endereços dos senadores Fernando Collor (PTB-AL) Ciro Nogueira (PP-PI). A PF também inspecionou endereços do deputado federal Eduardo da Fonte (PP-PE), do ex-ministro das Cidades Mário Negromonte (PP-BA) e do ex-deputado federal João Pizzolatti (PP-SC). As medidas foram requeridas pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

A ação, batizada de Politeia, pretende cumprir 53 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em seis processos que estão em curso na corte, relacionados ao esquema de corrupção na Petrobras. São doze mandados no Distrito Federal, oito em Pernambuco, onze na Bahia, sete em Alagoas, cinco em Santa Catarina, cinco no Rio de Janeiro e cinco em São Paulo.

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