A principal novidade na abertura dos trabalhos da Câmara Municipal de Curitiba é que, depois de quatro anos, o prefeito Beto Richa (PSDB) terá um bloco oficial de oposição, anunciado ontem pelos vereadores do PT e do PMDB.
A novidade, no entanto não assustou o tucano, que continuará com ampla maioria na Casa. Ao todo, 31 dos 38 vereadores declararam fazer parte da base de apoio a Beto.
Os três vereadores do PT e mais os dois do PMDB anunciaram a formação do bloco e já têm até pauta de trabalho: transporte coletivo, licitação da iluminação pública e transparência nas contas da Urbs. O bloco espera contar com a adesão dos três vereadores do PV e do vereador Julião, do PSC, eleitos por partidos de oposição.
Mas as novas adesões, se depender da vontade dos vereadores, não serão confirmadas. Enquanto Roberto Acioli e Aladim Luciano, do PV, estão na base do prefeito, Julião e Professor Galdino (PV) se dizem independentes.
O prefeito, que fez o discurso de abertura, comentou a ampla maioria. “A exemplo do primeiro mandato tivemos ampla maioria, conquistada por estarmos sintonizados com os interesses dos curitibanos. Espero, nesse novo mandato, poder contar com o apoio da Câmara, numa relação sólida e de respeito.”
Beto disse não acreditar que as recentes denúncias e críticas contra sua administração tenham o objetivo de prejudicar sua imagem visando a sucessão estadual.
“Quero crer que não seja isso, porque se for assim, é um jogo rasteiro. Mas a população não vai se deixar levar por denúncias infundadas para atingir nossa imagem”, disse.
