O prefeito reeleito de Curitiba, Beto Richa (PSDB), vai reforçar o palanque do deputado federal Luiz Carlos Hauly (PSDB) no segundo turno da disputa eleitoral em Londrina. Beto retorna amanhã, 16, de um período de descanso nos Estados Unidos, e na sexta-feira, 17, já tem atividade agendada na campanha do tucano de Londrina. Beto também vai participar da campanha do candidato tucano em Ponta Grossa, Pedro Wosgrau, candidato à reeleição.
Nas duas cidades, Beto irá se transformar em adversário dos aliados da sua reeleição em Curitiba. Em Londrina, o adversário é Antonio Belinati, representante do PP que integrou a aliança em torno de Beto, em Curitiba. Em Ponta Grossa, está Sandro Alex do PPS, que também esteve ao lado de Beto, em Curitiba.
Em Ponta Grossa, por sinal, no mesmo dia em que estiver fazendo campanha para Wosgrau, Beto poderá cruzar com um dos seus principais aliados na eleição de Curitiba atuando na campanha adversária.
O presidente estadual do PPS, Rubens Bueno, que abriu mão de sua candidatura à prefeitura da capital para apoiar o tucano estará nas ruas da cidade com o candidato de seu partido, Sandro Alex. Bueno estará acompanhado do presidente nacional do PPS, o ex-senador Roberto Freire. Antes disso, porém, o PPS estará ao lado dos tucanos. Amanhã, Bueno e Freire estarão em Londrina, prestando apoio a Hauly.
O presidente estadual do PSDB, Valdir Rossoni, disse que o prefeito irá se envolver na campanha, mesmo que seja contra seus aliados em Curitiba. “Os candidatos são do PSDB.
Então, o comportamento do prefeito é perfeitamente compreensível”, disse Rossoni. “Se o partido não tivesse disputando as eleições, então seria uma situação a ser ponderada”, acrescentou.
Em Ponta Grossa, além do PPS, o prefeito de Curitiba também estará no palanque oposto ao do PDT. O partido, comandado pelo senador Osmar Dias no Paraná, definiu o apoio a Sandro Alex.
Foi o troco ao tucano Wosgrau, que em 2006, apoiou a reeleição do governador Roberto Requião (PMDB) contra Osmar. Em Londrina, o PDT está com o PSDB contra o PP.
Sonho
Rossoni disse que estas fissuras locais não trazem nenhum prejuízo à projetada aliança do grupo para 2010. “Os adversários acalantam a esperança de que nós vamos nos dividir, que o Beto e o Osmar vão se dividir. Mas não vão lograr êxito. Isso é o sonho deles”, afirmou.
O dirigente tucano também desconversou sobre os boatos a respeito de uma suposta aproximação com o PT. “Se o Lula realmente convidou o Osmar para ser candidato, é o reconhecimento pelo presidente da República daquilo que já sabíamos em 2006”, afirmou.