Entre os 61 imóveis que o governo do Paraná pretende vender está a Granja do Canguiri, residência oficial do governador Beto Richa (PSDB). O imóvel de 27 mil metros quadrados em Pinhais está avaliado em R$ 5,2 milhões. Além de classificar o negócio como absurdo, a bancada de oposição na Assembleia Legislativa questiona a venda de outros terrenos, como três áreas de manancial em Piraquara.

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Líder da oposição, o deputado Tadeu Veneri (PT) questionou, por exemplo, a decisão de vender dois terrenos que somam 54,6 mil metros quadrados, no Tarumã, por pelo menos R$ 14,9 milhões. Próximo às áreas, será inaugurado, em 2017, o maior shopping de Curitiba.

Pro petista, a venda dos 61 imóveis é apenas uma “cortina de fumaça” pra mascarar a negociação de um 62.º terreno, pertencente à Companhia de Desenvolvimento Agropecuário do Paraná (Codapar), em Ponta Grossa. A área conta com várias edificações, como silos, e fica no Distrito Industrial da cidade dos Campos Gerais.

Veneri ressaltou que, futuramente, passará pelo local a ligação ferroviária de Maracaju (MS) a Paranaguá. “Essa é a cereja do bolo. Tenho certeza de que há direcionamento”, afirmou.

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Erro

O líder do governo, Luiz Claudio Romanelli (PMDB), disse que a Granja Canguiri fez parte, na verdade, dos estudos sobre possíveis imóveis pra venda. “Nunca se cogitou vender o Canguiri. Foi um erro no envio do projeto”, declarou.

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Sobre as acusações da oposição de que há direcionamento em relação ao terreno da Codapar, o parlamentar cobrou que os colegas apresentem denúncia ao Ministério Público.