O governador eleito Beto Richa (PSDB) espera obter um diagnóstico completo do Estado até o dia 15 de novembro, quando pretende começar a planejar as primeiras ações do seu mandato.

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Extraoficialmente, as equipes de transição, uma nomeada pelo atual governador anteontem e outra indicada por Beto, já estão trocando informações, embora as reuniões formais comecem apenas no dia 3.

O prazo para o início oficial da transição foi estabelecido a pedido do governador Orlando Pessuti (PMDB), que prefere tratar do assunto após o segundo turno da eleição presidencial.

Mas o governador eleito demonstra pressa de tomar conhecimento dos números. “Não podemos perder tempo. Vamos começar a trabalhar desde o primeiro momento e, para isso, precisamos ter em mãos, o quanto antes, esse diagnóstico”, disse Beto, em texto distribuído por sua assessoria.

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Beto quer ter uma visão completa do Estado antes de a Assembleia Legislativa começar a discutir o orçamento de 2011. O projeto foi encaminhado no início da semana passada aos deputados.

O relator, Nereu Moura (PMDB), já avisou que há pouca margem para novos investimentos na previsão que beira os R$ 26 bilhões. A equipe de transição de Beto tem orientado os deputados aliados a barrar, em plenário, projetos que possam sobrecarregar o orçamento do próximo ano. Porém, a bancada de apoio a Beto é minoria na Casa e, dificilmente, sem acordo, haverá possibilidades de emperrar os projetos.

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A equipe de transição de Richa é coordenada por Carlos Homero Giacomini, ex-presidente do Instituto Municipal de Administração Pública. Os demais também são ex-auxiliares, que trabalharam com Beto na prefeitura e na sua assessoria de campanha eleitoral: Ivan Bonilha era o procurador geral do município, Norberto Ortigara foi o secretário de agricultura, Luiz Eduardo Sebastiani trabalhou como secretário de finanças e Deonilson Roldo foi chefe de gabinete. Pessuti nomeou o secretário do Planejamento, Allan Jones dos Santos, para comandar o seu grupo.

“Muitas informações já são conhecidas, até porque foram colhidas antes, para subsidiar a elaboração do plano de governo apresentado durante a campanha eleitoral. Mesmo assim, esperamos contar com a cooperação dos membros do atual governo no repasse ágil das informações que forem solicitadas”, acrescentou.

De acordo com a assessoria do governador eleito, o trabalho da equipe de transição de Richa foi dividido em Planejamento, Gestão e Finanças, Educação, Ciência e Tecnologia, Saúde, Desenvolvimento Econômico, Governo e Comunicação, Infraestrutura, Assistência Social, Justiça, Segurança e Ordem Jurídica, Agricultura e Meio Ambiente, Cultura, Esporte e Juventude e Tecnologia da Informação e da Comunicação.

O líder do governo na Assembleia Legislativa, Caito Quintana (PMDB), disse que há projetos que já têm previsão orçamentária e que não comprometem as finanças futuras. É o caso da regulamentação da Defensoria Pública.

“A mensagem apenas regulamenta uma situação. Foi uma proposta aprovada por unanimidade. Ao novo governo caberá decidir em que prazo executar a proposta. Não há uma imposição de tempo”, afirmou Quintana.

Há outros projetos que o governo nem faz questão de votar este ano. Como a mensagem que cria a Secretaria da Mulher, que somente poderá ser preenchida pelo próximo governador. Há ainda projetos de suplementação de verbas em algumas áreas, que serão executados com recursos do orçamento em vigor”, citou o líder do governo.