Transmissão de cargo

Beto Richa diz que posse marca novo tempo no Paraná

O novo governador Beto Richa (PSDB) tomou posse às 10h30, de sábado, na Assembleia Legilativa. A cerimônia oficial, junto com o vice, ex-senador Flávio Arns (PSDB), foi rápida com discursos do presidente da Assembleia, Nelson Justus (DEM) e de cerca de meia hora do novo governador. Participaram da solenidade a mãe de Beto, Arlete Richa, sua esposa, Fernanda Richa (nomeada secretária de Desenvolvimento Social), seus três filhos, e todos os secretários nomeados, além de deputados estaduais, federais, prefeitos e vereadores de todo o Estado.

Com críticas ao governo anterior, Beto disse que sua posse marca “o início de novo tempo para as pessoas de bem no Paraná”. Da Assembleia, Beto seguiu a pé para o Palácio Iguaçu, onde recebeu o cargo do ex-governador Orlando Pessuti (PMDB) e discursou para o público. Ele assume o governo 28 anos depois de seu pai, José Richa.

Apesar de ter declarado que “acabada a eleição, desço do palanque”, Beto, não poupou críticas à administração dos ex-governadores Roberto Requião (PMDB) e Pessuti após a transmissão de cargo. “Definitivamente, esse não é o tipo de herança que gostaríamos de ter recebido”, disse o governador ao comentar o relatório de sua equipe de transição apontando déficit de R$ 1,5 bilhão nas contas do Estado.

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Herança

Richa disse que ao percorrer o estado durante a campanha eleitoral, constatou “um Paraná potencialmente rico, e nossa gente pobre de oportunidades; vi os paranaenses querendo sempre mais; e um governo ousando pouco. Vi nossa agricultura forte e diversificada; mas vi a falta de boas estradas e de um porto que funcione bem. Vi nossa indústria moderna, e a máquina pública ineficiente”.

“É reprovável o legado que coloca o Estado na obrigação de promover um duro ajuste emergencial, que certamente vai exigir sacrifícios ainda não totalmente dimensionados pela nossa equipe de transição”, disse.

Corte de 15% nos gastos

“Quase alcançamos 30 anos de eleições diretas para governador, mas mesmo assim o espírito republicano, que recomenda civilidade nas relações interpartidárias e impõe responsabilidades no trato da coisa pública, esse espírito tem sido um vago espectro para alguns dirigentes”, prosseguiu, para depois dizer que espera que as diferenças partidárias não comprometam a relação do Paraná com o governo federal. “Vejo um Paraná que quer ser bem tratado pelo governo federal, porque nunca faltou ao Brasil quando foi solicitado, e não faltará também no futuro”.

O governador prometeu “recuperar a capacidade do Estado de investir no seu desenvolvimento, começando com forte ajuste fiscal e firme redução de despesas de custeio, que já fixamos em no mínimo 15% dos gastos, sem que isso afete áreas essenciais, como saúde, educação e segurança pública”.

Beto Richa, que falou muitas vezes em mudança e “um novo tempo”, disse que sua vitória nas eleições é de uma nova geração de políticos. “A nossa geração chegou lá!”, exclamou. Apontado como representante do grupo político do ex-governador Jaime Lerner, Beto disse que “a única pessoa que me influenciou politicamente foi meu pai (José Richa)”.

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