Em relação ao pedido de cassação do registro da candidatura de Dilma Rousseff (PT), feito por conta de quebra de sigilos fiscais na Receita Federal e que o PSDB protocolou no Tribunal Superior Eleitoral, Beto disse que todos têm o direito de recorrer à Justiça quando se sentem prejudicados. “Não são as primeiras infrações cometidas em período de campanha. Houve uso da máquina administrativa, do presidente em palanque oficial pedindo votos para a candidata (Dilma). São infrações sucessivas que vem sendo cometidas”, acusou.
Na sabatina feita com Osmar, o candidato do PDT havia mais uma vez criticado Beto por não ter permanecido na prefeitura de Curitiba para terminar seu mandato, até 2012, conforme prometido pelo candidato do PSDB. O assunto voltou a ser abordado durante conversa com Beto Richa ontem. “Quem mente tem que ter boa memória. Ele (Osmar) foi candidato a governador nas eleições de 2006. Foi de brincadeirinha ou era para vencer as eleições? Vencendo, ele iria renunciar a quatro anos do mandato de senador. Vamos parar de dissimulação”, comparou.
Senado
Na corrida para o Senado, os dois candidatos da coligação de Osmar, Roberto Requião (PMDB) e Gleisi Hoffmann (PT) aparecem em pesquisas na frente dos candidatos apoiados por Beto, Gustavo Fruet (PSDB) e Ricardo Barros (PP), o que rendeu comentários do candidato do PSDB. “Eles estão jogando pesado para ampliar a bancada no Senado, porque foi a Casa que mais fiscalizou, que mais apontou os erros e discutiu os problemas do Brasil. É fundamental termos bancadas consistentes de oposição e acredito na possibilidade concreta de eleger nossos candidatos ao Senado”, disse. Beto provocou Requião e justificou que seus candidatos ainda aparecerem atrás nas pesquisas porque “saíram depois na disputa”. “Era para o ex-governador, que estava aí há oito anos, estar melhor posicionado nas pesquisas. Se você avaliar em outros estados, o governador que ficou oito anos no poder e se lançou ao Senado tem ampla maioria de votos”.
Beto se esquivou quando foi perguntado sobre o apoio do presidente da Assembleia Legislativa, Nelson Justus, investigado nas recentes denúncias de irregularidades na Casa. “Vou ficar escolhendo quem vai votar em mim?”, resumiu.