Primeiro lugar nas pesquisas de intenções de votos para a disputa ao governo do Estado, no próximo ano, junto com o senador Alvaro Dias (PSDB), o prefeito de Curitiba, Beto Richa (PSDB), disse ontem, 25, que as lideranças dos partidos que negociam uma composição para 2010 deveriam se abster de apontar candidatos agora.

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“Eu defendo esta tese. Não estou dizendo que os outros são obrigados a aceitar. Deve haver desprendimento e se abrir mão de falar de candidatura neste momento. Deixar para falar em escolha no ano que vem”, afirmou o prefeito, que participou de uma solenidade em comemoração ao aniversário de 316 anos de Curitiba, na Assembleia Legislativa.

Para o prefeito de Curitiba, ainda que sejam legítimas as aspirações por candidaturas próprias entre os aliados do PSDB, no qual se inclui o PDT do senador Osmar Dias, fomentar as discussões agora sobre a escolha do nome que representará o grupo não contribui com o desejo de manutenção do acordo eleitoral.

“Os partidos, as instâncias inferiores, têm o desejo de que seu partido lance candidato ao governo, mas cabe às principais lideranças deixar a discussão para ser resolvida no ano que vem. Não tem decisão alguma neste momento sobre candidatura. Falar em candidatura dificulta a compreensão e o entendimento. Se todo mundo abrir mão de candidatura, a gente pode chegar a um entendimento”, comentou.

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Critério

Para o prefeito de Curitiba, uma das formas de escolha do nome que disputará o governo pelo grupo pode ser as pesquisas de intenções de votos. Mas desde que não haja entendimento entre os pré-candidatos, entre os quais, o prefeito de Curitiba continua não se incluindo.

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“No momento oportuno, no ano que vem podemos escolher juntos, dentro do grupo, aquele que reúne as melhores condições para representar o projeto e vencer as eleições”, comentou.

Ele também não descartou a realização de prévias para a definição do candidato, como está sendo cogitada na direção nacional do PSDB para a indicação do candidato a presidente da República, postulada pelo governador de São Paulo, José Serra. Mas não é seu critério preferencial.

“Não vejo necessidade de realização de prévia, somente no caso de não haver entendimento. Se for o caso, não tem dificuldade em apoiar a tese no Estado também”, disse.

Sobre a possibilidade de disputar uma prévia com o senador Álvaro Dias, o prefeito não respondeu. “Hoje não sou candidato a nada”, esquivou-se Beto. “Está tão distante, vou avaliar no ano que vem. Não tenho vaidades. Não sou obcecado pelo poder. Estou na política para servir”, desconversou Beto, que é apontado por diversas alas tucanas como pré-candidato ao governo estadual desde o ano passado, quando foi reeleito à prefeitura.