O vice-prefeito de Curitiba, Beto Richa (PSDB), apresentou ontem o deputado estadual Luciano Ducci (PSB) como seu candidato a vice-prefeito na chapa que encabeçará à sucessão municipal.
A coligação entre os dois partidos será formalizada em convenção no próximo sábado (dia 26) e valerá apenas para a disputa majoritária (prefeitura). Para a eleição à Câmara Municipal, o PSDB e o PSB lançam chapas próprias de candidatos a vereador.
Juntos, os dois partidos somam aproximadamente 2,5 minutos no horário eleitoral gratuito. Beto disse que outros partidos irão se incorporar à coligação. Um deles é o PDT que, nas negociações com o tucano, associa o apoio na sucessão municipal deste ano às eleições de 2006, quando o partido pretende lançar o senador Osmar Dias para concorrer ao governo. Beto disse que é cedo para firmar este tipo de compromisso, mas afirmou que Osmar “é um forte candidato ao governo do Estado”.
Ducci disse que sua indicação como candidato a vice-prefeito foi aprovada pela direção nacional e que o PSB leva para a coligação a força da sua “militância de base” em Curitiba. Ducci foi secretário de Saúde do prefeito Cassio Taniguchi (PFL) até 2002, quando foi eleito deputado estadual com 38 mil votos, dos quais 32 mil foram obtidos em Curitiba.
Não é
Beto Richa não considera como apoio a posição do prefeito Cassio Taniguchi (PFL) de distribuir sua simpatia eleitoral entre a candidatura tucana e o vereador Osmar Bertoldi, candidato do seu partido à sucessão municipal. “O prefeito vai apoiar o candidato do PFL. Ele tem toda a liberdade de escolher o seu caminho”, afirmou Beto, confirmando, entretanto, que está estabelecido um pacto de não agressão entre as duas siglas. Segundo Beto, Taniguchi não disse que irá apoiá-lo, mas sim poupá-lo das críticas usuais entre concorrentes. “Outros candidatos também não serão hostilizados pelo PFL, o que não significa apoio”, comentou.
Beto declarou que tem um estilo próprio de administração, que não se confunde com a gestão de Taniguchi, da qual faz parte. Afirmou que a diferença entre o seu projeto e o do PFL sobressairá ao longo da campanha. “Nós queremos avançar mais. Temos outra visão administrativa. Outras idéias. Vamos inovar. Será uma administração essenciamente democrática e transparente. Cada um tem seu estilo”, comparou.
Beto disse também que não se sente beneficiado com a decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que liberou Taniguchi da denúncia de manter uma contabilidade paralela na campanha de 2000. O vice-prefeito afirmou que seu nome nunca esteve relacionado ao Caixa 2 e que na campanha eleitoral de 2002 conseguiu judicialmente impedir o então candidato do PT ao governo, Roque Zimmermann, de tocar no assunto durante o horário eleitoral gratuito.