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O suspense termina amanhã, quando o prefeito eleito de Curitiba, Beto Richa (PSDB), deve anunciar a composição de seu secretariado.
Discreto, ele se empenhou em evitar o vazamento de informações a respeito, dificultando até mesmo as especulações tão comuns no meio político.
Mas, como é tradição, a bolsa de apostas funcionou e continua funcionando até a undécima hora, em alguns casos, alimentada por ações de personalidades cogitadas para os postos na administração municipal.
A presença do publicitário Sérgio Reis no Palácio 29 de Março nos últimos dias reforçou o boato de que ele será o novo secretário de Comunicação Social, secundado pelo jornalista Paulino Viapianna. A ex-secretária estadual de Planejamento, Eleonora Fruet, deverá se ocupar da Secretaria de Educação do município.
O ex-secretário da Fazenda de Ney Braga, Edson Guimarães, é tido como indicação certa para a Secretaria da Fazenda. Se isso se confirmar, o novo prefeito vai entregar as chaves do cofre municipal para quem entregou as chaves do cofre do governo estadual a seu pai, José Richa, em 1983.
Nomes
Para a Procuradoria Geral do município, o nome mais cotado é o do ex-procurador-geral de Justiça do Estado, Gilberto Giacóia. O ex-secretário estadual de Agricultura, Antônio Polloni, pode ir para a Secretaria de Abastecimento. O dirigente do PSB, Michelle Caputo Neto, deve retornar à Secretaria da Saúde, assim como Nelson Leal está cotado para reassumir o comando da Secretaria de Obras.
Mais nomes
Outros nomes de ex-secretários da administração municipal estão no páreo, para secretarias, estatais ou outros orgãos ligados à Prefeitura. É o caso de Paulo Schmidt, José Andreguetto ou Sérgio Rasera.
O irmão de Beto, José Richa Filho, é citado para a pasta de Administração, e o ex-jogador e técnico de futebol Raul Plasmann, para a Secretaria de Esportes. A outra opção para esta pasta seria Juliano Borghetti. O vereador Rui Hara (PSDB) deverá ocupar a Secretaria de Assuntos Metropolitanos, abrindo vaga na Câmara Municipal para a permanência de Luiz Ernesto.
Outro vereador, o pastor Valdenir Soares (PL), teria sido convidado por Beto. Ele pode aceitar, se tiver carta branca do prefeito para gerir a pasta que lhe for destinada. O empresário Fernando Ghignone, coordenador da campanha de Beto, é tido como uma indicação natural.
Tucano ainda estuda nomes
Um dos postos mais difíceis de preencher está sendo a Secretaria de Governo, encarregada principalmente de conduzir as relações do prefeito com a Câmara Municipal.
Beto tentou trazer para o cargo o deputado federal Gustavo Fruet (sem partido), um aliado importante e decisivo no processo eleitoral. Mas Gustavo optou por permanecer em Brasília, onde desempenha um papel de destaque na Câmara Federal.
No exercício de seu segundo mandato, ele conseguiu a façanha de integrar a relação dos parlamentares mais influentes do Congresso. Ainda no PMDB, sua antiga sigla, chegou a ocupar a vice-líderança na Casa, além de um cargo na comissão executiva do diretório nacional. Presidiu a CPI do Proer e foi membro de várias comissões importantes.
Neste momento, integra a comissão de sindicância que apura as denúncias de participação de parlamentares em esquemas de extorsão e é relator do processo contra o deputado carioca André Luiz na Comissão de Ética da Câmara.
Chegou-se a cogitar a possibilidade da indicação dos vereadores Mário Celso (PSB) futuro líder do prefeito no Legislativo, por sua larga experiência, ou do atual presidente da Câmara Municipal, João Cláudio Derosso (PSDB). Mas os dois são considerados indispensáveis onde estão. (SCP)