O vice prefeito diz que não depende do acordo para ser candidato. |
Cada vez mais próximos nacionalmente, o PSDB e o PFL estão montando palanques eleitorais distintos em Curitiba. Pré-candidato do PSDB à Prefeitura, o vice-prefeito de Curitiba, Beto Richa, acha que pode passar sem o aliado tradicional na campanha eleitoral deste ano, mas ainda não perdeu a esperança de ter o apoio dos pefelistas.
Depois de participar ontem de manhã em uma solenidade junto com o prefeito Cassio Taniguchi (PFL), no aniversário do Rotary Clube, Beto afirmou que faltam três meses para as convenções e nenhum partido ainda fechou qualquer acordo eleitoral.
No meio da semana, Beto conversou com o prefeito sobre o lançamento do vereador Osmar Bertoldi (PFL) como pré-candidato à sucessão de Taniguchi. Ouviu do prefeito que a iniciativa da pré-candidatura é do PFL e não dele. “Ele me disse que o Osmar não é o candidato do prefeito, mas do PFL. Não tenho como interferir em outro partido. É um direito do PFL lançar candidato e uma aspiração legítima do Osmar”, disse o tucano, tentando contemporizar o que mesmo no PFL não é tão pacífico assim. A bancada estadual do PFL defende o apoio ao tucano e ainda não assimilou a pré-candidatura de Bertoldi.
Foi o primeiro diálogo político depois das discordâncias sobre o valor da tarifa do transporte coletivo em Curitiba, em que Beto no exercício do cargo desautorizou o aumento liberado por Taniguchi antes de viajar .Para o vice-prefeito, ainda é cedo para saber se os dois partidos vão se separar mesmo nesta campanha. “Sempre estivemos abertos ao diálogo e é claro que gostaria de ter novamente o PFL conosco”, disse Beto.
Ele não vê o risco de haver um rompimento entre as duas siglas que possa comprometer um acordo futuro para a disputa do governo em 2006. “Se houver dois candidatos, acho que pode ser feita uma campanha com respeito porque além desta eleição, têm outras futuramente, onde poderemos estar juntos”, avaliou.
Mas como o PFL está avançando – no início da semana, Osmar Bertoldi foi apresentado à cupula do partido em Brasília como pré-candidato em Curitiba – o tucano tem tratado de buscar outras alternativas de coligação. Beto tenta estabelecer uma negociação com o PDT, PP, PV e PSL. À exceção do PV, os outros três também conversam com o PFL. O PP integra a base de apoio de Taniguchi na Câmara Municipal.
Convite
Beto Richa disse que ainda não convidou oficialmente, mas vai pedir ao ex-secretário geral da Presidência Euclides Scalco que passe a integrar seu comando de campanha. “Ele tem uma vasta experiência e não podemos prescindir da participação nesta campanha de alguém que já foi coordenador da campanha do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso”, justificou.