Eleição

Beto Richa admite o PMDB como aliado em 2010

O prefeito de Curitiba, Beto Richa (PSDB), não descartou a possibilidade de o PSDB disputar a sucessão estadual em 2010 ao lado do PMDB. Durante a visita tucana ao Show Rural, ontem em Cascavel (Beto acompanhou o governador de São Paulo, José Serra, junto com o senador Álvaro Dias e os deputados federais Alfredo Kaefer e Gustavo Fruet), ele admitiu que a tentativa de coligação para a eleição presidencial com o PMDB pode ser repetida pelo PSDB estadual.

“Existe uma forte conversação no plano nacional, onde grandes lideranças do PMDB têm manifestado desejo de estar ao lado do PSDB. É um partido importante, o maior do país, muito forte também no Paraná e esses entendimentos são muito bons e tem de ir se intensificando até o momento exato da definição de coligações”, declarou.

No entanto, o prefeito voltou a despistar sobre a possibilidade de ser o candidato tucano à sucessão do governador Roberto Requião (PMDB). “Tenho que reconhecer que fico lisonjeado em ser lembrado para disputar cargo tão importante. Tenho desejo sim de um dia ser governador, como meu pai foi, mas não tenho feito esse tipo de avaliação. Tudo no seu devido tempo, com cautela, serenidade. Não é hora de discutir nome, temos de discutir projeto”, declarou, dizendo fazer parte de uma grande aliança e que trabalhará para mantê-la.

“No momento oportuno, todos os partidos reunidos escolherão o melhor nome, com maior viabilidade eleitoral, que possa bem representar esse projeto”, disse, citando nomes como Osmar Dias (PDT), Alvaro Dias, Gustavo Fruet e Rubens Bueno (PPS) como bons representantes deste projeto. Beto disse que lançar seu nome como candidato seria “um desrespeito aos curitibanos pois estou no segundo mês de um novo mandato como prefeito”.

Já José Serra recusou a responder perguntas sobre 2010. “Não vou falar de política eleitoral. Acho que esse assunto está sendo muito antecipado no Brasil, inclusive pelo próprio governo federal e pelo PT. A gente tem que, nesse momento, debruçar-se para administrar bem, cumprir a as responsabilidades e enfrentar a crise. Essa é a minha preocupação agora”, disse.

“Todo mundo pode achar que essa visita tenha relação política, mas vim aqui como governador para aprender a maneira como a agricultura está evoluindo, para usar em nossas políticas para a agricultura em São Paulo. Quando viajo para outros estados vou para representar São Paulo e discutir novas idéias para o estado, não para fazer campanha”, acrescentou.

No entanto, Serra aproveitou a oportunidade para fazer algumas críticas ao governo federal. Ao comentar seu plano econômico lançado quinta-feira, disse que era apenas “um conjunto de medidas com vista no investimento publico para sustentar o emprego e melhorar as condições de desenvolvimento, para enfrentar a crise. Mas é uma medida parcial, porque quem tem mecanismos para enfrentar a crise é o governo federal, com sua política econômica”, afirmou, para depois criticar a política de juros do País.

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