Voto 2010

Beto quer 1,5 mi de votos de vantagem para Serra

Um almoço de agradecimento para cerca de 10 mil lideranças políticas e apoiadores no restaurante Madalosso, ontem, em Curitiba transformou-se no primeiro ato de campanha do governador eleito do Paraná, Beto Richa (PSDB) para o candidato de seu partido à presidência da República, José Serra.

O encontro, chamado para comemorar a vitória do tucano já no primeiro turno das eleições estaduais, foi marcado pelo pedido de votos e do empenho dos apoiadores de Beto para que José Serra “consiga uma diferença de 1,5 milhão de votos no Estado”, conforme prometeu o governador eleito. No primeiro turno, Serra venceu no Paraná por 400 mil votos.

Participaram do almoço o presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), o presidente do PPS, deputado federal eleito Roberto Freire (SP) e o presidente de honra do DEM, senador Jorge Bornhausen (SC).

Durante seu discurso, Beto agradeceu aos presentes que “por uma razão ou outra, não puderam apoiar nossa candidatura, mas estão conosco hoje e apoiando Serra”, dirigindo-se a muitos prefeitos do PMDB que participaram do encontro. “Agradeço a coragem e a manifestação de apoio”.

Após agradecer ao apoio recebido para a vitória no primeiro turno, “mesmo contra os poderosos e a máquina do Estado pressionando os prefeitos”, Beto Richa pediu ainda mais empenho para a eleição de Serra.

“Agora todos juntos, motivados, com a pressão do governo arrefecida, porque já passamos a eleição para o governador. Com as lideranças políticas unidas, aumentando em muitas vezes o nosso exército no segundo turno, vamos vencer a eleição presidencial com a contribuição decisiva do Paraná. Temos o compromisso de fazer pelo menos 1,5 milhão de votos de vantagem sobre a candidata do PT”, declarou, o governador eleito do Paraná, que aproveitou o tema do momento na campanha presidencial e encerrou seu discurso com: “Conto com o apoio, garra e determinação de vocês para eleger esse cristão, José Serra, nosso presidente”.

O candidato do PSDB à presidência, José Serra, não participou do evento de ontem, gravando um vídeo que foi exibido antes da fala de Beto, em que agradece a votação que teve no Paraná no primeiro turno e pede o mesmo empenho para a disputa direta com Dilma Rousseff.

Mas Serra desembarca hoje no Paraná, para fazer campanha em Londrina, ao lado de Beto Richa, em sua primeira visita ao Estado no segundo turno. A chegada de Serra está prevista para as 16h, no aeroporto da cidade, de onde seguirão em carreata até o Calçadão, onde farão uma caminhada. Serra ainda terá um encontro com professores e, às 19h30, um encontro com cerca de 1.500 lideranças no Comitê Central.

Ontem, Beto Richa disse que fará campanha para Serra também em outros estados, conforme lhe foi solicitado pela coordenação da campanha tucana, já tendo viagens marcadas para Bahia, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul.

Guerra: “Lula se escondeu, ninguém mais sabe onde ele está”

O presidente do PSDB, Sérgio Guerra pediu voto no currículo de Serra. “Precisamos decidir entre um futuro para o Brasil ou a incompetência e o tumulto que representam o outro lado. Vamos unir quem quer um Brasil justo, equilibrado, sério, sem demagogia”, disse.

Sobre o apoio do PV, Guerra disse que a divisão interna no partido pode impedir que o PV tome uma posição oficial.  “Mas a maioria do PV já vota conosco”. Para Guerra, a campanha no segundo turno será “menos na rua e mais na cabeça das pessoas, na atitude delas, na reflexão. É outra disputa”.

Sobre a mudança da estratégia de campanha de Dilma Rousseff (PT), que adotou um tom mais agressivo, Guerra disse que é reflexo do c,rescimento de José Serra. “Quando alguém não vai bem, quando tem intenção de votos caindo, muda a orientação da campanha. Foi o que ela fez. Nada explica que ela tenha feito essa mudança”, afirmou.

“A imagem da nossa adversária foi arranhada e o Lula se escondeu, ninguém mais sabe onde ele está”, disse. Roberto Freire, presidente do PPS seguiu o mesmo discurso. “O clima da campanha mudou muito porque a tendência da virada está cada vez mais próxima. Eles foram derrotados, porque imaginavam que iam vencer no primeiro turno. E, por isso, a campanha do Serra está num clima muito melhor que o da adversária”.

Jorge Bornhausen disse que Paraná e Santa Catarina precisam mostrar a força de vontade que o sul do País tem “de ver o País voltar a ser administrado com ética e que o Brasil volte aos trilhos do desenvolvimento, com portos, aeroportos e estradas para retomar o crescimento. Chega de promessas e de embrulhar o povo”, disse.

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