Com uma aprovação recorde de sua administração, que chegou a 90%, o prefeito Beto Richa (PSDB) disputa o pleito de hoje como favorito para a reeleição à prefeitura de Curitiba. O tucano, que largou com cerca de 70% das intenções de voto nas pesquisas realizadas no início da campanha, contrariou a tendência de queda natural e manteve os índices até a véspera do pleito e conta com a vitória já no primeiro turno.

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Grande parte do sucesso alcançado por Beto Richa deve-se à aliança costurada pelo PSDB ainda antes das convenções partidárias. Com o intuito de formar um único bloco de oposição aos governos federal e estadual, PSDB, DEM, PDT, PPS e PSB uniram-se em uma grande aliança, cujo principal resultado, para este ano, foi o apoio à reeleição do prefeito de Curitiba, tirando da disputa nomes como Rubens Bueno (PPS) e Osmar Bertoldi (DEM) pré-candidatos que poderiam contribuir para uma maior distribuição dos votos. Richa conseguiu, ainda, reunir partidos da base dos governos Lula (PT) e Requião (PMDB), como o PP, que abdicou da candidatura de Ney Leprevost, e o PR, de Carlos Simões.

Lucimar do Carmo
Moreira: candidato de Requião.

Assim, o principal adversário do tucano no pleito de hoje é Gleisi Hoffmann (PT). Credenciada por uma bela arrancada nas eleições de 2006, que quase lhe rendeu uma cadeira no Senado, e contando com o apoio e a popularidade do presidente Lula, Gleisi é a aposta da oposição municipal para o segundo turno. Mas a petista não conseguiu repetir o desempenho da campanha para o Senado (quando largou com 2% das intenções de voto e recebeu 45% dos votos nas urnas) e subiu pouco nas pesquisas, não ultrapassando a marca dos 20%.

Os 20% alcançados por Gleisi até poderiam ser suficientes para levá-la ao segundo turno. Mas, aí, ela dependeria da ajuda dos demais seis candidatos para que, juntos, eles somem, os 50% de votos válidos necessários para que a eleição não seja decidida hoje. No entanto, de acordo com as pesquisas, Carlos Moreira (PMDB), Fábio Camargo (PTB), Ricardo Gomyde (PCdoB), Bruno Meirinho (PSOL), Maurício Furtado (PV) e Lauro Rodrigues (PTdoB), pouco contribuem para mudar o quadro. Juntos, os seis candidatos nunca somaram 10% em uma das pesquisas.

Átila Alberti
Gleisi Hoffmann: aposta do PT.
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Nem mesmo o candidato do PMDB, do governador Roberto Requião, conseguiu desempenho melhor nas pesquisas. O ex-reitor da Universidade Federal do Paraná, Carlos Moreira, oscilou, sempre entre 1% e 2%. Lançado e bancado pelo governador Requião, Moreira desbancou nomes como o ex-prefeito Rafael Greca e os deputados Rodrigo Rocha Loures e Reinhold Stephanes Júnior e foi escolhido candidato do PMDB, como uma aposta, uma novidade.

Mas, ao menos na pesquisas, não alcançou o desempenho esperado. A ausência do governador, que apesar de ser o maior defensor de sua candidatura, não participou de nenhum evento de campanha (apenas gravou para o programa eleitoral de rádio e TV) é uma das lamentações da campanha do ex-reitor.

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