Sucessão

Beto escolhe Arns como vice e Fruet para o Senado

Sem o PDT que confirmou a candidatura do senador Osmar Dias ao governo, o PSDB buscou em casa os nomes para completar sua chapa majoritária para as eleições de outubro.

Mesmo em uma aliança que já conta com oito partidos, os tucanos preferiram escolher nomes dos próprios quadros para a vice de Beto Richa (PSDB) e para concorrer ao Senado.

O senado Flávio Arns foi oficializado como candidato a vice-governador e o deputado federal Gustavo Fruet será candidato ao Senado ao lado de Ricardo Barros (PP).

“Foi uma decisão meio rápida, mas bastante acertada. São nomes fortes de consenso em toda a coligação. São pessoas testadas e aprovadas eleitoralmente e na vida pública. Nós previmos que as coisas poderiam ser diferentes do que aprovamos em convenção, as pessoas que foram embora devem ter seus motivos. Mas tenho certeza que essa chapa será muito bem aceita pela sociedade”, disse o candidato ao governo Beto Richa. Uma das vagas para o Senado estava reservada para Osmar Dias e a vaga de vice para Augustinho Zucchi (PDT).

Beto comentou rapidamente a decisão de Osmar Dias, que anunciou na noite de terça-feira que disputará o governo. “Quando me desincompatibilizei da Prefeitura, era para disputar com ele. Depois, fomos procurados, foi ele que sinalizou que queria coligar conosco, nos entregou uma carta com sua intenção. Mas ele deve ter suas razões, que não me cabe analisar. Para mim não mudou nada, sou candidato de um projeto coletivo, com uma aliança homogênea”, disse.

Depois, ao analisar como será a disputa, deu suas alfinetadas. “Espero uma campanha limpa, propositiva, sem ataques pessoais. Vamos fazer a nossa parte. Eu estou aqui, onde sempre estive. Sou previsível, as pessoas não se assustam comigo. Não hesitei, não vacilei, estou determinado. Não sou daqueles que dorme aqui e acorda ali”, comentou.

Beto também comentou a mal-sucedida indicação de Alvaro Dias para a vice de José Serra. “Fui consultado, pelo Serra e pelo Aécio, e aprovei a indicação, pois as divergências que tivemos foram pontuais. Mas deixei claro para o Serra que o projeto dele era muito maior que o meu”.

Contemplado

Para que Gustavo Fruet aceitasse a candidatura ao Senado, depois de ser preterido por Ricardo Barros, foi necessária a intervenção do presidenciável tucano, José Serra e do presidente nacional do partido, Sérgio Guerra.

“Sempre questionei a opção equivocada que acho que o partido fez e mantenho minha posição. Mas fui convocado e aceitei, pois temos um projeto a ser construído e o Senado será fundamental na distribuição das forças políticas em 2011. Precisamos eleger um senador do PSDB”, disse.

Ricardo Barros voltou a dizer achar legítimo o descontentamento de Fruet com a sua candidatura ao Senado, “pois ocupamos um espaço que ele também reivindicava”, mas disse que, com a ausência do PDT na coligação, todos acabaram contemplados.

“Agora temos o nosso espaço e o espaço para o Fruet e para o Arns. A questão do vice foi bastante discutida, com outros partidos reivindicando o posto, mas todos aceitaram o nome do Flávio”.

Flávio Arns disse estar contente com o posto que ocupará na eleição e não encara como um rebaixamento, já que abriu mão de disputar a reeleição ao Senado. “São perspectivas diferentes, uma no Legislativo e outra no Executivo, mas uma não é mais importante que a outra. Têm vices que são figurativos, mas o vice também pode atuar tanto quanto o governador. E eu estou animado para ajudar o Beto a governar o Estado”.

Ex-petista, Arns acredita que pode tirar votos do PT para Beto. “Quando deixei o PT, foi por discordar da postura da cúpula no caso Sarney. Muitos militantes que votam na gente concordaram com minha decisão. Tenho certeza que terei o voto deles”, di,sse. Até o fechamento desta edição, além do PP, já estavam na coligação de Beto Richa DEM, PSB, PTB, PMN, PSDC e PHS.

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