O candidato ao governo, Beto Richa (PSDB), rompeu ontem a aparente cordialidade com o senador Osmar Dias (PDT) ao acusar o adversário de sofrer da “Síndrome de Estocolmo”, durante entrevista concedida ontem à tarde, em Guarapuava.

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Beto já havia feito referência à síndrome, que se caracteriza pela atração da vítima pelo sequestrador, em entrevista concedida à rádio Band News durante a manhã, quando reagiu à associação que a campanha do senador tem feito entre a candidatura tucana e o ex-governador Jaime Lerner.

Beto criticou a aliança de Osmar com o PMDB, que tem como candidato ao Senado, o ex-governador Roberto Requião. “Cada um tem que apresentar suas propostas e soluções para o Paraná. Na campanha passada, por exemplo, (Roberto) Requião acusava Osmar (Dias) de ser Lernista e privatista. O agressor de ontem virou mestre e agora o Osmar quer transferir essas agressões para mim. O Osmar parece estar sofrendo da Síndrome de Estocolmo, aquela em que, pelo convívio, o refém se apaixona pelo sequestrador”, atacou.

Desde o início da campanha eleitoral, Beto tem criticado a aliança de Osmar com o PT e com o ex-governador Roberto Requião, que o derrotou na eleição de 2006, quando o tucano era aliado do pedetista. Beto tem dito que se orgulha da sua aliança, formada por partidos que não estiveram em campos opostos em eleições anteriores.

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Uma das declarações mais repetidas do tucano é que sua aliança tem coerência. “Não fiz uma composição recheada de contradições. Para mim, eleição se ganha e se perde, mas não se pode perder a coerência”, disse o prefeito, quando acompanhou José Serra no lançamento da campanha do candidato a presidente da República, em Curitiba.

Há dois dias, durante uma entrevista à RPC TV, voltou ao assunto. “Minha aliança, posso dizer de peito aberto, foi feita com princípios e com coerência entre partidos que caminharam juntos nas últimas eleições. Nós reproduzimos essa aliança, sem apenas um partido que optou por se unir com seus adversários”, afirmou o ex-prefeito de Curitiba, que se referia ao PDT.

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O senador Osmar Dias não respondeu às críticas do ex-prefeito de Curitiba. Ele foi procurado pela reportagem, mas estava em Pato Branco, gravando uma entrevista e não pôde ser interrompido.

Frequentemente, Osmar e seus aliados mostram as relações políticas entre o ex-prefeito de Curitiba e o ex-governador Jaime Lerner. Beto foi o candidato ao governo apoiado por Lerner em 2002.