O governador eleito do Paraná, Beto Richa (PSDB), deverá ter maioria na Assembleia Legislativa a partir do próximo ano. Apesar de as coligações dos partidos aliados a Beto terem eleito, juntas, vinte e cinco deputados, contra vinte e dois das siglas que apoiavam a candidatura do senador Osmar Dias (PDT), o tucano já começou a receber sinais de futuros apoios entre os adversários da campanha eleitoral.

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O presidente estadual do PSDB, Valdir Rossoni, acredita que, em pouco tempo, o futuro governador terá mais da metade do plenário a seu favor, confirmando uma tradição na Assembleia Legislativa, onde é praxe a bancada de apoio superar a de oposição ao governo do Estado.

A soma dos aliados do governador eleito na próxima legislatura exclui apenas o único eleito do PTB, Fábio Camargo, que rompeu com os tucanos durante a campanha deste ano.

“Nós já temos sinalização para maioria na bancada. Já conversamos com gente que simpatiza com a ideia de integrar a bancada de apoio ao Beto, que não vai ter nenhuma dificuldade”, afirmou Valdir Rossoni.

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Em alguns casos, a adesão ao futuro governo já foi anunciada durante a campanha eleitoral. Dos treze peemedebistas, três já são alinhados aos tucanos: Alexandre Curi, Luiz Claudio Romanelli e Reinhold Stephanes Junior.

Eles defendiam o apoio do PMDB a Beto Richa antes mesmo da definição do apoio do partido ao senador Osmar Dias e, na campanha eleitoral, trabalharam para o tucano.

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“Os três já são aliados antigos”, disse Rossoni, indicando que as adesões podem vir de outras siglas. Mesmo no PDT, partido derrotado pelos tucanos, Beto Richa não deve encontrar oposição ferrenha.

O maior votado do partido, Augustinho Zucchi, chegou a ser cotado para ser candidato a vice-governador na chapa de Beto antes de rompidas as relações entre tucanos e pedetistas.

Ontem, Zucchi não quis comentar a posição futura da bancada. “Quem perde deve silenciar para reflexão. Vamos esperar para ver”, desconversou o deputado pedetista, que também é presidente estadual de sua legenda.

Tamanho

Embora derrotado na disputa para o governo, o PMDB continuará sendo o maior partido em plenário com treze deputados. Perdeu quatro cadeiras: a de Dobrandino da Silva, que não concorreu, e as de Edson Strapasson, Beti Pavin e Rafael Greca que não se reelegeram.

A segunda maior bancada será do PSDB com nove deputados. Em seguida, empatados estão o DEM e o PT com seis deputados. O PDT elegeu quatro deputados. O PPS, PSC e PSB elegeram três deputados por sigla. O PV fez duas cadeiras. E cinco partidos – PMN, PP, PRB, PSL – terão um deputados apenas por bancada.