Depois de oferecer duas sugestões de representantes para o secretariado do governador eleito, Beto Richa (PSDB), o PMDB terá que avalizar apenas um deles. O futuro líder do governo, Ademar Traiano (PSDB), disse que cabe ao PMDB escolher entre os deputados Luiz Claudio Romanelli e Reinhold Stephanes Junior, os dois nomes indicados para compor o governo durante a reunião realizada na semana passada entre Beto e a bancada peemedebista.
“Nós esperamos uma definição deles”, disse Traiano. Mas os peemedebistas estão com dificuldades para fazer a opção. Tanto Romanelli quanto Stephanes Junior têm aliados e adversários internos. O grupo está dividido e, mesmo a decisão de participar do governo Beto Richa, foi por maioria, mas não por unanimidade na bancada de treze deputados.
O presidente estadual do partido e líder da bancada na Assembleia Legislativa, Waldyr Pugliesi, afirmou que o grupo que decidiu pela entrada no governo tucano tem legitimidade para decidir quem deve ser o indicado.
“Os que produziram essa posição é que devem indicar”, disse o dirigente peemedebista, que poderá convocar nova reunião da bancada para debater o assunto.
Romanelli se mostrou insatisfeito com a solução tucana. “Eu não sou oferecido. Já demos os nomes. A escolha deve ser feita pelo governador”, disse o deputado.
Para o PMDB, o espaço aberto pelo tucano na equipe é a Secretaria do Trabalho, Emprego e Promoção Social.
No organograma do governo tucano, a Secretaria vai perder a função da Promoção Social, que será transferida para a Secretaria da Família, que será criada para a primeira dama, Fernanda Richa.
Além do cargo no primeiro escalão do governo, o PMDB terá ainda o direito de indicar o 1.º vice-presidente da Assembleia Legislativa, na chapa que será encabeçada pelo presidente estadual do PSDB, Valdir Rossoni. O nome escolhido foi de Artagão de Mattos Leão Junior.