Indicado pela bancada estadual ao diretório nacional do PSDB para assumir a presidência do partido no Paraná, o vice-prefeito de Curitiba, Beto Richa, vai tentar remover algumas resistências locais ao seu nome. Ele quer obter o apoio do deputado federal Luiz Carlos Hauly para comandar a sigla. Beto também pretende conversar com o atual presidente da Comissão Provisória, ex-deputado Basílio Villani, para obter um consenso em torno de sua indicação.
Beto voltou a ser cotado para o cargo depois da desistência do ex-secretário geral da Presidência da República, Euclides Scalco, o nome dos sonhos da direção nacional, que já considerava certa sua volta ao partido e à presidência da sigla. Mas Scalco alegou motivos particulares para se manter distante da cena partidária e os deputados estaduais assumiram a indicação de Beto.
A eleição do vice-prefeito de Curitiba depende não apenas do aval do diretório nacional, mas também de uma conciliação com Hauly, que está interessado em voltar a presidir o partido. Ele foi destituído quando assumiu o cargo no lugar do senador Álvaro Dias que foi obrigado a deixar o PSDB. Hauly o sucedeu, mas foi desalojado pela direção nacional que nomeou a comissão provisória, comandada por Villani.
Hauly já disse que não tem vetos a Beto. Mas por enquanto, ainda não desistiu oficialmente da presidência do partido. “Tenho o apoio do partido no interior, há até mesmo uma pressão para que eu assuma o partido, mas antes de mais nada tenho que chegar a um denominador comum com o Basílio e o Hauly”, disse Beto.