Beto afirma que prazo de Osmar termina hoje

O candidato do PSDB ao governo do Estado, Beto Richa, disse que espera até hoje por uma decisão do senador Osmar Dias (PDT). Apesar de assegurar que está confiante na confirmação da aliança com o PDT, Beto disse, em entrevista às rádios de Curitiba, que não vê problema em ter Osmar como adversário, pois foi esse o quadro que projetou quando decidiu renunciar à Prefeitura de Curitiba.

“Sou candidato com Osmar Dias ou contra Osmar Dias, fui o primeiro a decidir e estou convencido disso. Quando me desincompatibilizei do cargo de prefeito da capital, abandonando dois anos e meio de mandato ainda, com este quadro, com a perspectiva de disputar com Osmar Dias”, disse Beto em entrevista à Band News, mas ainda mantendo esperanças de reeditar o chapão que o reelegeu prefeito de capital em 2008.

“Cabe ao senador e ao PDT tomar essa decisão que já vem se alongando há algum tempo, acredito que mais por conta da divergência com a direção nacional do partido, mas aqui no estado o PDT caminha ao lado do PSDB, é o caminho natural. Amanhã é o prazo não tem mais porque esperar”, declarou.

O tucano disse que seu partido não terá problemas em buscar no seu quadro próprio ou nos partidos aliados os nomes para preencher as vagas deixadas em aberto na convenção porque foram ofertadas ao PDT (vice-governador e senador).

“Não teremos dificuldade nenhuma de ocupar essas vagas com grandes nomes, como o Gustavo Fruet e o Flávio Arns, do PSDB, ou ainda de partidos aliados como Rubens Bueno e Cesar Silvestri, do PPS, ou Eduardo Sciarra (DEM)”, disse Beto, revelando que Arns é, hoje, o favorito para ser seu vice.

Confiança

Repreendido pelo senador Osmar Dias na semana passada por ter anunciado que já estava feito o acordo entre o PSDB e o PDT, o presidente do diretório estadual tucano, Valdir Rossoni, manteve a posição.

Afirmou que, dificilmente, a aliança entre PSDB e PDT será afetada pela reunião de ontem à noite em Brasília entre Osmar e as direções nacionais do PMDB, PT e PDT, e o governador Orlando Pessuti (PMDB).

“Não há nenhuma apreensão da nossa parte. Sabemos o que conversamos com o senador durante a semana. Essa reunião é um desdobramento natural desse processo”, disse.

Rossoni afirmou que o pedido de autorização para uma coligação com o PSDB, encaminhado por Osmar à direção nacional do partido, é o sinal mais importante de todo o processo de negociação com o pedetista. “Nada é tão significativo quanto à consulta que o senador fez à direção do seu partido manifestando a vontade de fazer aliança conosco”, afirmou.

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