O candidato do PSDB à prefeitura de Curitiba, Beto Richa (PSDB), disse ontem que o PT está tentando confundir a opinião pública ao associar seu nome ao caso do Caixa 2, em que o prefeito Cassio Taniguchi (PFL) era acusado de ter ocultado da Justiça Eleitoral gastos estimados em R$ 20 milhões na sua prestação de contas da campanha eleitoral de 2000, quando o tucano foi eleito vice-prefeito na sua chapa. “Isso é uma apelação do candidato do PT. Ele está desesperado por não ter conseguido conquistar a confiança do eleitor curitibano”, reagiu o tucano.
Conforme o material distribuído ontem por sua assessoria, Beto afirmou durante entrevista à rádio CBN que se surpreendeu com a decisão do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) que acatou um recurso da coligação de Vanhoni liberando a abordagem do assunto, que estava proibida durante o primeiro turno da campanha eleitoral. “Estranho muito a posição do TRE (Tribunal Regional Eleitoral), porque esse caso veio à tona na última eleição ao governo do Estado, na qual o candidato do PT, o Padre Roque, já me acusava de estar no caixa 2. Na época, ele foi proibido de ligar o meu nome ao caso, porque nunca fiz parte disso: meu nome não consta em uma só linha do processo. O que o PT quer é mais uma vez confundir a opinião pública”, ressaltou Beto Richa.
Abuso econômico
A assessoria de Vanhoni rebateu as acusações de Beto Richa. Em nota distribuída pela assessoria, Beto é acusado de ter sido beneficiado pelo caixa paralelo. “A verdade é que Angelo Vanhoni foi vítima do dinheiro contabilizado no Caixa 2. Vanhoni perdeu a eleição de 2000 por causa do abuso econômico da campanha do prefeito e do seu vice Beto Richa. Portanto, Beto Richa foi beneficiado diretamente por este escândalo eleitoral. Vanhoni perdeu com o Caixa 2, enquanto Beto Richa ganhou seu mandato com ele”, diz a nota.
Conforme a assessoria, a tentativa de confundir a opinião público parte do tucano. “Além disso, o inquérito que apurou o Caixa 2 não teve indiciados, pois Cassio Taniguchi obstruiu o andamento das investigações com uma ação judicial. Ou seja, fica clara a intenção de Beto Richa de tentar confundir a opinião pública e esconder sua participação direta naquela eleição que passou para as páginas policiais”, afirmou a nota. (Elizabete Castro)
Rejeitada denúncia contra Cassio
O Tribunal de Justiça do Paraná julgou improcedente a denúncia oferecida pelo Ministério Público contra o prefeito de Curitiba, Cassio Taniguchi (PFL), no contrato firmado entre o município e a concessionária Sanepar. Além do prefeito, constam da ação a ex-secretária de Finanças do município, Dinorah Botto Portugal Nogara; o ex-procurador-geral, Edgar David Gusso; o ex-presidente da Sanepar, Carlos Afonso Teixeira de Freitas; e Ricardo Del Guerra Perpetuo, diretor-financeiro da empresa na época.
