Berzoini: prioridade será equacionar as finanças

Equacionar as questões disciplinares, apurar as denúncias e adotar uma postura de transparência total nas contas do partido. Esta é a receita que o deputado Ricardo Berzonini defende para reformular o Partido do Trabalhadores (PT). Se esta é a receita ideal, só vai se saber hoje, quando acontece o segundo turno das eleições internas do PT. Ontem, Berzoini esteve em Curitiba para participar de um debate com o adversário Raul Pont. A escolha da capital paranaense para sediar o debate foi de Berzoini. É que no primeiro turno, o candidato do Campo Majoritário obteve nove mil votos no Paraná, 53% do total do Estado.

Berzoini afirmou que a refundação do PT que tanto se fala ultimamente, deve ser entendida como um processo de discussão das metas partidárias. "Devemos olhar para frente. O PT tem uma história bonita de 25 anos e que não deve ser apagada", disse.

Berzoini criticou a forma com que a imprensa vem tratando os problemas políticos envolvendo petistas. "Se fala do (José) Dirceu mas não se fala do senador Eduardo Azeredo, presidente do PSDB e que também estava na lista dos que receberam dinheiro do Marcos Valério. Se fala do João Paulo Cunha e não se fala no Roberto Brant, ex-ministro do governo FHC e que também recebeu dinheiro de Valério. Não pode haver um linchamento aos petistas", afirmou. Berzoini afirmou que a CPI precisa criar um critério geral e que deve ser aplicado a todos os culpados porque só assim, segundo ele, o processo de apuração e punição será legítimo. "A CPI não pode ser usada como um instrumento de disputa política", disse.

O deputado lembrou ainda que boa parte das denúncias feitas contra o PT e ao governo Lula são inverídicas. "O PT é um partido de homens e mulheres honestos. Se há irregularidades, elas precisam ser apuradas. Contra o deputado José Dirceu, por exemplo, não há qualquer prova concreta mas existe o senso comum que precisa achar um culpado e ele está sendo apontado como sendo culpado. Não podemos culpar inocentes e nem inocentar culpados. Por isso é que precisamos investigar melhor estas questões", afirmou.

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