Brasília – O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse na noite de ontem (10) não acreditar que "a oposição vá prejudicar o governo e causar um impasse fiscal de mais de R$ 40 bilhões apenas por motivos políticos". O ministro comentou a tramitação da proposta de emenda à Constituição (PEC), que prorroga a Contribuição Provisória de Movimentação Financeira (CPMF) por mais quatro anos, até 2011.

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Paulo Bernardo também disse que a discussão e votação do pedido de cassação do mandato do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), marcada para quarta-feira (12), não deverá influenciar a votação da prorrogação do tributo.

"A CPMF está sendo discutida e preparada para votação na Câmara, o que deve ocorrer até o fim do mês, e somente aí deve ser encaminhada para votação no Senado. Eu acho que até lá essa agitação no Senado deve estar resolvida", comentou, antes de participar do lançamento do 1º Prêmio SOF (Secretaria de Orçamento Federal) de Monografia 2007, que terá dois temas: Orçamento como instrumento de política e gestão fiscal e Promovendo a qualidade do gasto público.

Segundo Paulo Bernardo, apesar das turbulências internacionais o Brasil passa "por um momento positivo". Ele informou que "a economia vai bem, pode crescer de 4,7% a 5%, embora eu tenha visto analistas e institutos falarem em 5,2% de crescimento neste ano".

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Sobre a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, de cortar 0,25 ponto percentual na taxa básica de juros anual (Selic), o ministro disse ainda que foi analisado o crescimento da inflação no setor de alimentos. "Mesmo que todos nós avaliemos que essa inflação nos preços dos alimentos é uma coisa momentânea, o Banco Central está certo em ter uma atitude mais prudente, Foi uma decisão unânime, que não deixa margem para especulações", comentou.