O ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo, afirmou hoje que seria “um risco” não dar prosseguimento a obras nas quais o Tribunal de Contas da União (TCU) aponta indícios de irregularidades.

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Bernardo disse não concordar com a avaliação de que o governo, ao tomar a decisão de manter a destinação de recursos a obras sob suspeita do TCU, estaria favorecendo no País a prática de desvio de recursos públicos.

“Não concordamos com essa avaliação. Há uma controvérsia e, talvez, uma queda-de-braço. Simplesmente paralisar as obras não é correto”, afirmou o ministro. Acrescentou também que é preciso resolver os problemas e não aumentá-los.

Quatro obras da Petrobras foram retiradas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva da lista de projetos que estão impedidos de receber recursos orçamentários por causa de indícios de irregularidades.

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Críticas

Paulo Bernardo foi o primeiro ministro de Lula a entrar em confronto com o TCU criticando a atitude do Tribunal de colocar obras suspeitas em situação de impedimento de receber recursos públicos. Suas críticas foram depois endossadas por Lula.

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“Simplesmente aumentar os problemas e deixá-los sem solução não podemos”, afirmou Paulo Bernardo. “É um risco parar a obra e deixarmos parada para, daqui a três meses, verificarmos que não é verdade (a suspeita de irregularidade).”

O ministro do Planejamento disse que as obras são objeto de controvérsia há vários meses. “O Tribunal de Contas da União (TCU) mandou para o Congresso um relatório apontando irregularidades, e esse relatório ficou no Congresso. Pode conferir. Ficou um bocado de tempo. Eles declararam inúmeras vezes que (o assunto) estava resolvido, embora precisasse de algumas conversas com o pessoal da Petrobras e tal. A verdade é que temos obras que estão praticamente acabando. São obras importantes”. Bernardo acrescentou que há mais de 26 mil trabalhadores nessas obras.