O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse nesta quarta-feira, 18, que o cancelamento da viagem da presidente Dilma Rousseff aos Estados Unidos “era a resposta a ser dada neste momento”, em razão das denúncias de espionagem a políticos e empresas brasileiras. “Fazer escutas e monitoramento de dados no Brasil não tem nada a ver com segurança dos EUA, isso é espionagem industrial, tentativa de obter informações”, afirmou durante participação em evento da Associação Nacional para Inclusão Digital (Anid).
Bernardo acrescentou que o governo brasileiro aguardou por uma resposta adequada dos norte-americanos, o que “lamentavelmente” não ocorreu. “Esperávamos que eles (EUA) iam falar que não iam espionar ninguém, com monitoramento de informações e atividades de inteligência, que era apenas para se defender de ataques terroristas, o que o mundo acharia razoável”, comentou.
O ministro afirmou que o governo dos Estados Unidos deveria ter admitido que errou ao espionar os dados no Brasil, e que iriam readequar seu sistema de segurança. “Infelizmente isso não aconteceu, não tínhamos outra alternativa”, afirmou, sobre o cancelamento da viagem, que ocorreria no final do mês de outubro.