O governo federal vai investir R$ 16,7 bilhões na construção de habitações populares em todo o país, durante o ano de 2006. A informação é do ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo, que falou a empresários e imobiliaristas hoje (dia 20), pela manhã, na sede do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon) e Clube de Engenharia e Arquitetura de Londrina (Ceal).
Durante a palestra, o ministro informou aos empresários que os investimentos federais destinados este ano para Londrina vão possibilitar a construção de 29 obras de infra-estrutura urbana em todas as regiões da cidade. "É claro que demos uma pitada a mais de carinho para a cidade de Londrina, mas nenhum município brasileiro foi discriminado na distribuição das verbas federais."
Ele citou como exemplo a cidade de Curitiba, administrada por Beto Richa (PSDB), que assinou convênio com o governo federal na última segunda-feira, para um programa de desfavelamento. "Procuramos atender todas as emendas dos parlamentares que possuíam projetos consistentes, independente do partido político ou da região do País", garantiu o Ministro.
Em entrevista coletiva à imprensa, logo após a palestra, o ministro garantiu que a Caixa Econômica Federal já tem reservados R$ 10 bilhões para investimentos em habitação popular e os outros 6,7 bilhões devem ser investidos no setor pela iniciativa privada. Segundo Paulo Bernardo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem orientado o Ministério das Cidades e os demais órgãos governamentais, para a viabilização de habitações a baixo custo de financiamento, para atender a camada da população que recebe até um salário mínimo.
Sobre o novo valor do salário mínimo, cuja definição deve ocorrer na próxima terça-feira (dia 24), em reunião do presidente Lula com as centrais sindicais, o ministro do Planejamento informou que deve chegar a R$ 350,00. "A equipe econômica do governo havia definido o valor de R$ 340,00, mas é mais ou menos consenso de que o presidente Lula atenda o pedido dos sindicatos", afirmou Bernardo.
Ainda sobre o assunto, o ministro afirmou que não deve haver antecipação na aplicação do novo salário mínimo, como querem os sindicalistas e que o novo valor deve valer a partir de 1.º de maio, como sempre ocorreu. Outra informação do ministro é de que o volume de investimentos do governo federal em obras para 2006 deve chegar a 18,5 bilhões.
Questionado se abriria mão do cargo para disputar a próxima eleição, Paulo Bernardo afirmou que tudo vai depender de conversa com o presidente Lula. "É claro que eu gostaria de disputar as eleições e me reeleger deputado federal, mas faço parte de um projeto de governo e essa definição depende também desse projeto. Isso não está definido, mas gostaria de disputar as eleições", disse ele.
