O Estado não confirma, o decreto ainda não foi publicado, mas o secretário especial de imprensa, Benedito Pires Trindade, será mesmo o novo secretário de Comunicação do governo do Paraná. Ele deve ser nomeado, ainda esta semana, para a pasta que foi ocupada por Airton Pisseti até 30 de junho do ano passado. Quem respondeu, interinamente, pela secretaria até agora foi o diretor geral, João Benjamim, que deverá voltar para sua função anterior.
A nomeação de Benedito foi divulgada por colunistas e blogueiros durante o final de semana mas, até ontem, o decreto não havia sido publicado. A Casa Civil também não confirmou a indicação do novo secretário. “Não ouvi nada a respeito. Sigo fundado no meu trabalho, não vi se saiu o decreto de nomeação hoje (ontem)”, disse o próprio Benedito Pires, por telefone, no final da tarde de ontem, dando a entender que apenas aguarda a oficialização de seu nome.
Benedito assumirá a secretaria seis meses após a saída de Pisseti, que assumiu a diretoria administrativa do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE). Pisseti foi indicado ao cargo pelo governador Roberto Requião (PMDB) e deixou o governo após o desgaste de ter, mesmo no exercício do cargo na Secretaria Estadual, participado diretamente da coordenação da campanha do presidente do Paraguai, Fernando Lugo, eleito no ano passado. Pisseti admitiu a atuação nas eleições do país vizinho e chegou a devolver parte do salário que recebeu, durante o período em que estava prestando assessoria a Lugo, em Assunção.
Na Secretaria de Comunicação, Benedito Pires Trindade administrará uma verba de R$ 45 milhões garantidos por emenda da bancada peemedebista ao orçamento do Estado para propaganda institucional e divulgação nos meios de comunicação privados. O texto original do orçamento previa uma dotação de apenas R$ 8 milhões para a veiculação de editais públicos. O aumento da verba de comunicação e a edição de um jornal oficial, o Notícias do Paraná, são algumas das estratégias do governador para melhorar sua imagem e seus índices de aprovação com vistas às eleições de 2010, quando, além de tentar eleger um sucessor, pretende garantir mais um mandato no Senado.